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Os romanos tinham um sistema para manter o seu maior aqueduto limpo

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nwb_dawson / Flickr

Aqueduto de Valente, em Istambul, na Turquia

Cientistas conseguiram perceber qual foi o sistema usado pelos Romanos no Aqueduto de Valente, situado na atual Turquia, para manter esta poderosa infraestrutura tão limpa.

O Aqueduto de Valente, em Istambul, na Turquia, já foi uma das mais longas linhas de aqueduto do mundo antigo, tendo ultrapassado os 500 quilómetros no seu auge. Por volta do século V, era através deste canal que os cidadãos de Constantinopla obtinham água.

Agora, conta o site Science Alert, cientistas finalmente identificaram um truque inteligente usado naquela época para conseguir manter limpa esta poderosa infraestrutura, que obrigava a grandes trabalhos de manutenção.

Ao recolher e analisar depósitos de carbonato de cálcio, a equipa de investigadores foi capaz de avaliar que se formaram menos de 30 anos de calcário, embora os canais tivessem estado operacionais durante mais de sete séculos, pelo menos até ao ano 1100.

Uma secção do canal em particular sugere como isto era possível: uma área de 50 quilómetros da porção central do aqueduto era feita de dois canais, um por cima do outro, que ocasionalmente se cruzavam.

Esta abordagem de ‘canal duplo’ teria permitido aos engenheiros limpar o aqueduto sem interromper completamente o fluxo de água para Constantinopla durante semanas ou até meses.

“É muito provável que este sistema tenha sido montado para permitir operações de limpeza e manutenção. Teria sido uma solução cara, mas prática“, afirmou o geólogo Cees Passchier, da Universidade Johannes Gutenberg, em Mainz, na Alemanha, e um dos autores do estudo publicado, a 6 de maio, na revista científica Geoarchaeology.

Toda a rede de aquedutos foi construída em secções, ao longo dos vários séculos, sendo mais um exemplo da construção avançada realizada durante o Império Romano.

“Estes aquedutos são conhecidos sobretudo por causa das suas pontes impressionantes, que ainda estão de pé dois milénios depois. Mas são ainda mais impressionantes devido à forma como os problemas na sua construção foram resolvidos, o que teria sido assustador até mesmo para os engenheiros de hoje em dia”, concluiu Passchier.

ZAP //

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