Leuk, um pastor-belga, morreu em combate no Mali. Agora, foi condecorado com uma medalha

Um cão das forças especiais francesas foi condecorado postumamente com o máximo reconhecimento de uma organização britânica pela sua valentia.

Leuk, um cão das forças especiais francesas, foi condecorado postumamente com o máximo reconhecimento de uma organização britânica pela sua valentia. O animal salvou vidas vidas ao encurralar insurgentes durante uma operação antiterrorista no Mali.

O pastor-belga-malinês de cinco anos, conhecido como “Leuk, o sortudo”, serviu no prestigioso comando Kieffer da Marinha Francesa e foi morto em maio de 2019 por um insurgente no Mali.

Segundo Jan McLoughlin, diretor da associação veterinária britânica PDSA, que a cada ano homenageia um animal pela sua coragem, foi precisamente no Mali, onde faleceu, “que as suas ações salvaram a vida da sua unidade em múltiplas ocasiões”.

Leuk é o primeiro cão das Forças Armadas francesas a receber este prémio, a medalha Dickin, considerada o equivalente para os animais da Cruz da Vitória, a mais alta condecoração militar dos exércitos britânico e da Commonwealth.

Nascido em 2013 e após dois anos de treino, Leuk começou a ser usado para detetar explosivos. Mas o cão destacou-se especialmente durante uma missão no Mali, em abril de 2019.

Numa área de densa vegetação, quando todas as outras opções se esgotaram, Leuk foi usado para expulsar dois insurgentes entrincheirados com armas automáticas.

“Ele correu por entre as chamas e as balas, atacando sem descanso durante sete minutos, permitindo que a sua equipa se aproximasse e neutralizasse a ameaça com segurança”, descreve a associação. Também criou uma distração ao atacar um insurgente.

Leuk foi morto em combate um mês depois, pelas mãos de um extremista. Os seus restos mortais foram repatriados cobertos com a bandeira francesa e recebidos por uma guarda de honra.

Criada pela fundadora do PDSA, Maria Dickin, em 1943, a medalha Dickin reconhece animais que exibem extraordinária bravura e devoção durante um conflito militar.

// AFP

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