Navalny. Estados Unidos anunciam sanções contra responsáveis e empresas russos

Os relatórios de investigações revelam “com grande confiança” que Navalny foi envenenado por agentes dos serviços de informação russos, pelo que os Estados Unidos vão impor sanções contra o país.

Esta terça-feira, os Estados Unidos anunciaram sanções contra a Rússia pelo envenenamento e prisão do líder da oposição russa Alexei Navalny, que incluem proibições de vistos e restrições económicas.

A Casa Branca alega que os relatórios de investigações independentes revelam “com grande confiança” que Navalny foi envenenado por agentes dos serviços de informação russos com o agente químico Novichok.

Para já, ainda não são conhecidas as identidades dos funcionários russos que serão alvos diretos das sanções dos Estados Unidos, mas as autoridades norte-americanas indicaram que 14 empresas serão também alvo de medidas punitivas, por estarem envolvidas na produção de agentes químicos e biológicos.

As sanções anunciadas constituem o primeiro de vários passos do Governo do Presidente Joe Biden para “responder a uma série de ações desestabilizadoras” por parte do Kremlin, explicou um funcionário do Governo dos Estados Unidos.

Biden tinha prometido confrontar o Presidente russo, Vladimir Putin, pelos alegados ataques a Navalny e a outras figuras da oposição ao regime do Kremlin, tendo coordenado estas sanções com a União Europeia, que também já impôs sanções à Rússia por este mesmo caso.

Além das sanções por causa do envenenamento de Navalny e da sua prisão, os Estados Unidos anunciaram que tencionam ainda responder à invasão dos sistemas informáticos por parte de agências governamentais e empresas privadas russas, que expôs informações sensíveis a espiões de elite do Kremlin.

Alexei Navalny, de 44 anos, foi envenenado pelo agente químico Novichok, em agosto de 2020, tendo recuperado num hospital na Alemanha, antes de regressar a Moscovo, onde foi detido, julgado e condenado por não ter respeitado a liberdade condicional a que estava sujeito.

A sua prisão gerou protestos nas ruas de várias cidades russas, obrigando as forças de segurança a deter milhares de manifestantes.

// Lusa

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