A justiça britânica recusou o pedido de libertação sob fiança do australiano Julian Assange, fundador da WikiLeaks, que continuará detido em Belmarsh até uma decisão final sobre a extradição para os Estados Unidos (EUA).
Segundo noticiou o Expresso esta quarta-feira, a decisão foi tomada pela juíza Vanessa Baraitser, que há dois dias recusou a extradição de Assange pedida pelos EUA. A justiça norte-americana recorreu e pediu que este permanecesse sob custódia enquanto o processo estivesse em andamento.
Assange já cumpriu uma pena de 50 semanas na mesma prisão, após ter violado as regras da liberdade condicional, em 2012, quando foi para a embaixada do Equador em Londres.
Vanessa Baraitser, que na segunda-feira alegou que Assange poderia suicidar-se para evitar a extradição, defendeu agora que o australiano pode voltar a fugir às autoridades, devendo manter-se detido. A defesa pedia a saída imediata de Belmarsh, com recurso a prisão domiciliária, se necessário, para que pudesse estar com a família.
Assange enfrenta 18 acusações de espionagem e uso indevido de computador pela publicação no WikiLeaks, em 2010 e 2011, de documentos militares confidenciais norte-americanos. O Governo dos EUA alega que Assange pediu informações confidenciais à ex-analista de informações do Exército Chelsea Manning.