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Cientistas mediram o período de tempo mais curto de sempre

uni-frankfurt.de / Sven Grundmann et al

Uma equipa de físicos e metrologista da Universidade Goethe de Frankfurt, na Alemanha, anunciou que conseguiu medir o menor período de tempo já determinado – são 247 zeptosegundos, segundo os cientistas.

O processo físico cuja duração foi medida como a mais curta de sempre consistiu na passagem de luz através de uma molécula de hidrogénio composta por dois átomos.

Em comunicado divulgado esta semana e citado pela emissora Russia Today, a universidade recorda que o químico egípcio Ahmed Zewail recebeu o Prémio Nobel em 1999 por medir a velocidade a que as moléculas vibram.

Flashes ultra-curtos de laser permitiram que o cientista egípcio fundasse o ramo da físico-química batizado de Femtoquímica, que media processos como a formação e quebra de ligações químicas, fenómenos que acontecem em mil milionésimas partes de segundo.

Agora, o novo procedimento experimental adicionou seis zeros à fração decimal, estabelecendo que uma partícula de luz, isto é, um fotão, precisa de muito menos tempos para cruzar uma estrutura molecular muito simples.

Foram, especificamente, 247 zeptosegundos.

Um zeptosegundo, esclarece a revista Vice, é igual a um trilionésimo de bilionésimo de segundo, tornando-o uma das menores unidades de tempo até conhecidas pela Ciência.

“O comprimento da molécula de hidrogénio já era conhecido, assim como a velocidade da luz (…) Por isso, pode simplesmente calcular-se que levar 247 zeptosegundos para um fotão passar através de uma molécula”, disse Sven Grundmann, líder da invetsigação, citado pela revista norte-americana Vice.

E acrescentou ainda: “Este período de tempo nunca foi medido anteriormente porque não existia um relógio adequado. A nossa medição registou o menor período de tempo de todos os tempos até agora medido”.

A medição surgiu na sequência de uma investigação da equipa sobre a fotoionização, descrita como “um dos processos mais fundamentais causados pela interação luz-matéria” no novo artigo publicado pela equipa nesta quinta-feira na revista científica Science.

ZAP //

 

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