As propostas de empresas espanholas são as mais vantajosas, em termos de preço, no concurso público para a concessão dos transportes rodoviários na Área Metropolitana do Porto. As empresas locais têm o futuro em risco.
Os transportes rodoviários da Área Metropolitana do Porto (AMP) correm o risco de vir a ser controlados por empresas espanholas, conforme avança o Jornal de Notícias (JN).
A publicação analisou as propostas apresentadas por 41 concorrentes no concurso público aberto pela AMP e concluiu que “deixam antever um desfecho negro para os operadores da região”.
As operadoras espanholas Asla e Vectalia avançaram com “as propostas mais vantajosas, com um preço de custo por quilómetro esmagado, muito abaixo do valor de referência de 1,7 euros por quilómetro”, aponta o JN.
A AMP foi dividida em cinco lotes, correspondendo a áreas geográficas diferentes – (Lote 1: Matosinhos; Lote 2: Gondomar, Valongo e Paredes; Lote 3: Vila do Conde e Póvoa; Lote 4: Gaia e Espinho; o Lote 5 abarca o resto da região metropolitana).
A Asla deve ser a primeira classificada nos Lotes 1 e 2 e a Vectalia deverá ganhar nos restantes, ainda segundo o JN.
O Caderno de Encargos não permite a uma mesma empresa assumir mais do que um lote, pelo que deverá ser feita uma redistribuição pelas propostas seguintes.
Mas é certo que “nenhum dos actuais operadores estará em posição de beneficiar da redistribuição e de manter a operação nos concelhos onde trabalham há dezenas de anos”, destaca o JN, evidenciando que as transportadoras espanholas oferecem condições económicas mais vantajosas.
Perante esse cenário, várias empresas históricas da região correm o risco de fechar. Até porque a pandemia abalou muito os lucros associados ao transporte turístico.
A AMP avança ao JN que a escolha das operadoras que vão ficar com a concessão nos próximos sete anos será feita pelo “júri do concurso” sem “qualquer intervenção dos políticos”.
Contudo, a entidade nota que “o preço não é critério único ou decisivo”.
Entretanto, as operadoras que ganharem a concessão poderão ter que esperar para começar a trabalhar, já que se aguarda a decisão sobre a impugnação do concurso público interposta pela Transcolvia de Viana do Castelo.
E porque termos de aceitar empresas Espanholas? Nos se quisermos fazer nem que seja uma feira de exposição em Espanha, temos montes de barreiras para o conseguir fazer, mas já para a espanholada é sempre a abrir as pernas.
Tem sempre a hipótese de abrir a carteira em vez das pernas…
A aceitação de propostas provenientes de empresas não Portuguesas (Espanholas ou outras) é uma obrigação legal e que tem a ver unicamente com o valor total do processo de aquisição.
Por força da al. a) do n.º 1 do Artigo 20.º do CCP, qualquer processo de aquisição, de bens ou serviços, de valor global superior a 214.000€ (valor S/IVA), deve ser aberto a qualquer entidade Europeia da área de atividade em questão.
Concluindo: Mesmo que a AMP quisesse, não pode recusar a participação das entidades Espanholas (ou Italianas ou Francesas… Alemãs…. etc).
E se as espanholas podem fazer, porque não podem as portuguesas? Talvez por serem mais gananciosas.
Possivelmente haverá aí outros fatores na contribuição de tais desfasamentos de preços imaginamos, por exemplo, o custo dos combustíveis que em Espanha são mais baixos, se estas empresas se abastecerem lá estão a fugir a impostos cá, por um lado estarão cá a explorar o seu negócio e por outro a fugir a impostos, isto serve apenas de exemplo, será que haverá um governo à altura de ir ao fundo da questão?
Ao “fundo da questão” será reduzir o preço dos combustíveis, colocá-los a um preço semelhante ao praticado em Espanha?
O problema é vir por preços baixos no inicio vai ser tudo muito lindo depois andam ai a ganir. Motoristas sem receber carros sempre avariados sem manutenção tudo a correr mal poruqe anda tudo insatisfeito. É deixar andar o barco para se ver.
Cumprimentos.
Estamos a falar de um universo de quantos autocarros?
A area metropolitana no total opera quantos autocarros?