Três camisolas e uma vitória histórica. Tadej Pogacar é o vencedor do Tour

Christophe Petit-Tesson / EPA

Tadej Pogacar é o vencedor do Tour de France 2020.

O ciclista esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) venceu a 107.ª Volta a França, ao cortar a meta, nos Campos Elísios, integrado no pelotão, no final da 21.ª e última etapa conquistada pelo irlandês Sam Bennett (Deceuninck-QuickStep).

Pogacar, de 21 anos, é o primeiro esloveno a conquistar o Tour e o ciclista mais jovem no pós-guerra a fazê-lo, e vai ser acompanhado no pódio final pelo seu compatriota Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo a 59 segundos, e pelo australiano Richie Porte (Trek-Segafredo), terceiro a 03.30 minutos.

A 21.ª e última etapa, uma ligação de 122 quilómetros entre Mantes-la-Jolie e Paris, foi ganha pelo camisola verde, Sam Bennett (Deceuninck-QuickStep), com o tempo de 02:53.32 horas, diante do campeão do Mundo, o dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo), e do eslovaco Peter Sagan (Bora-hansgrohe).

Tadej Pogacar tornou-se o primeiro ciclista desde Eddy Merckx a vestir três camisolas – amarela, montanha e juventude – no pódio dos Campos Elísios, na festa de consagração dos vencedores da 107.ª Volta a França.

O esloveno da UAE Emirates, que na segunda-feira cumprirá 22 anos, bateu todos os recordes de precocidade, imitando o ‘Canibal’ Eddy Merckx, considerado o melhor ciclista de todos os tempos, que, em 1969, quando tinha 24 anos, ganhou o seu primeiro Tour, além das classificações da montanha e da regularidade.

No entanto, Pogacar é mesmo o primeiro corredor a vestir a amarela, a camisola das bolas vermelhas (montanha) e a branca no pódio final desde que a classificação da juventude foi instituída em 1975.

O líder da UAE Emirates, que ‘roubou’ a amarela ao compatriota Primoz Roglic (Jumbo-Visma) no penúltimo dia, é também o segundo mais jovem de sempre a vencer a ‘Grande Boucle’, sendo superado apenas por Henri Cornet, que ainda não tinha 20 anos quando triunfou em 1904, na segunda edição da prova francesa – na realidade, o francês foi quinto na estrada, mas ascendeu à primeira posição após várias desclassificações.

O triunfo do esloveno entra ainda para o ‘top 10’ das menores diferenças de sempre entre primeiro e segundo (59 segundos), um ‘ranking’ liderado pelos traumáticos oito segundos que custaram a amarela ao francês Laurent Fignon em 1989, num contrarrelógio perdido em plenos Campos Elísios para o norte-americano Greg LeMond.

Curiosamente, o primeiro dia ‘amarelo’ do ciclista de Komenda foi vivido na 21.ª e última etapa, algo que não acontecia desde 2011, quando o australiano Cadel Evans destronou o luxemburguês Andy Schleck na véspera da chegada a Paris, também num contrarrelógio.

// Lusa

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