Produtores de Ellen despedidos depois de acusações de racismo e assédio

Três dos produtores do The Ellen DeGeneres Show foram afastados do projeto. A saída ocorreu durante as investigações da produtora Warner Media aos bastidores, decorrentes das acusações de antigos funcionários de assédio, conduta sexual e intimidação no local de trabalho por membros da equipa.

Os produtores executivos Ed Glavin e Kevin Leman, juntamente com o co-produtor Jonathan Norman, saem depois da reorganização da estrutura, adiantou um porta-voz da Warner Media ao The Hollywood Reporter.

O trio tinha sido suspenso na sequência de acusações de má conduta, assédio e racismo na realização e preparação do programa que foram reveladas pelos sites de noticias BuzzFeed e Variety.

A equipa vai ser reestruturada

O DJ Stephen “tWitch” Boss, residente no talk-show, foi promovido a co-produtor executivo. A novidade foi confirmada ontem pelo próprio através da rede social Twitch. Os veteranos da produção do programa, na equipa desde o inicio – Mary Connelly, Andy Lassner e Derek Westervelt – permanecem no Ellen Show.

A apresentadora revelou a reestruturação da equipa através de uma videochamada com todos os funcionários na plataforma Zoom, onde também pediu desculpa à equipa composta por 200 trabalhadores depois dos depoimentos que chegaram à imprensa sobre o suposto ambiente tóxico que se viveria nos bastidores do programa.

Durante a conferência, DeGeneres explicou que é uma pessoa introvertida que gosta de ter seu próprio espaço, o que pode ter levado os funcionários a acreditar que ela os ignorava.

“Sou uma pessoa com várias camadas e tento ser a melhor pessoa que posso e aprender com meus erros”, disse a apresentadora do programa que avança para a 18.ª temporada em setembro.

Segundo a Variety, as conclusões da investigação aos bastidores do programa foram reveladas na reunião. Segundo um inquérito, em que mais de 100 pessoas foram entrevistas, não foi provado de que haveria discriminação e racismo no set de produção. Contudo, ficou definido que todos os elementos da estrutura, incluindo a própria apresentadora vão participar em workshops de diversidade e inclusão.

A polémica com o programa começou com a denuncia por parte de 30 funcionários do desprezo a que foram sujeitos durante a pandemia e o confinamento instaurado, sem receberem nenhum contacto sobre questões salariais, horas de trabalho e o estado de saúde mental e física durante um mês inteiro.

As acusações estenderam-se depois ao ambiente tóxico vivido no backstage, com denúncias de uma cultura racista (que foi investigada) e, posteriormente, de abuso sexual e de poder por parte dos produtores em questão.

Ellen DeGeneres adiou por alguns dias a estreia da 18.ª temporada do talk-show com o seu nome, para dia 14 de setembro. O programa estreou-se há 17 anos, conta com mais de 2700 episódios no total e já foi premiado com 61 Daytime Emmy Awards.

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