O Irão terá pagado recompensas a uma fação do grupo Taliban pela morte de soldados dos EUA, levando a seis ataques no ano passado, incluindo um atentado suicida contra a base aérea dos EUA em Bagram.
De acordo com a CNN, o Departamento de Defesa dos EUA conclui, num relatório, que o Irão pagou recompensas à rede Haqqani, pelo ataque a Bagram, a 11 de dezembro, que matou dois civis e feriu mais de setenta, incluindo dois americanos.
O Pentágono tomou a decisão de não tomar medidas de retaliação, na esperança de preservar o acordo de paz que a administração de Trump fez com o grupo taliban em fevereiro.
Em janeiro, um mês após o ataque a Bagram, os EUA mataram o general da Guarda Revolucionária Iraniana Qassem Suleimani, num ataque de drones em Bagdad. Porém, de acordo com o Departamento de Defesa Americano, este acontecimento parece não ter sido uma retaliação direta ao que aconteceu em Bagram.
Maj Ron Lodewick, porta-voz do Pentágono, explica que “os Estados Unidos, estão a trabalhar para por fim a um percurso de 19 anos alimentado por sangue. A influência inimiga por parte do Irão só procura dificultar o processo de paz afegão e promover a violência e a instabilidade”.
Lodewick acrescenta ainda que “o departamento exigiu repetidamente que o Irão ponha termo ao comportamento maligno e desestabilizador que tem vindo a desempenhar em todo o Médio Oriente, e no mundo”.
O relatório é apresentado quase dois meses depois das alegações de que a Rússia estaria a pagar recompensas aos combatentes do Taliban, pela morte de americanos no Afeganistão. Donald Trump rejeitou o teor dos relatórios, considerando que não passam de uma “farsa”. Contudo o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, confirmou que advertiu, Sergei Lavrov, que se assim fosse haveria “um preço a pagar”.
Segundo o The Guardian, o Pentágono garante que vai investigar, de forma minuciosa, todas as hipóteses de realmente terem sido atribuídas recompensas russas, mas até agora ainda não apresentou uma conclusão para a investigação.
