Um réptil com apenas dez centímetros de altura foi um antepassado dos dinossauros gigantes que o sucederam, sugere um novo estudo.
Uma equipa de investigadores descobriu, em Madagáscar, um pequeno réptil que viveu há 237 milhões de anos e que os cientistas acreditam ser antepassado dos grandes dinossauros que dominaram a Terra.
Conhecido como Kongonaphon kely, este réptil tinha cerca de 40 centímetros de comprimento e apenas dez centímetros de altura, escreve o The Guardian. Os especialistas acreditam que esta criatura era bípede e que comeria insetos ou outros pequenos invertebrados.
“Com base em análises estatísticas do tamanho do corpo, argumentamos que dinossauros e pterossauros evoluíram a partir de um ancestral miniaturizado“, disse o paleontólogo Christian Kammerer, autor principal do artigo científico publicado esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
“A evolução do gigantismo de pequenos antepassados não é incomum no registo fóssil”, acrescentou o coautor John Flynn em comunicado de imprensa divulgado pelo Museu Americano de História Natural de Nova Iorque.
Os dinossauros foram evoluindo até chegar às dimensões gigantescas que lhes são tipicamente associadas. O primeiro pterossauro, por exemplo, tinha o tamanho de um pombo. Mais tarde, alguns atingiram as dimensões de um jato F-16.
Kammerer realça que “houve uma tendência sustentada para tamanhos menores de corpos adultos no início da história” da linhagem do Kongonaphon.
“Embora dinossauros e gigantismo sejam praticamente sinónimos, uma análise da evolução do tamanho do corpo em dinossauros […] demonstra que os membros mais antigos do grupo podem ter sido menores do que se pensava anteriormente, e que um profundo evento de miniaturização ocorreu perto da base da linhagem”, escrevem os autores do artigo científico.
Mas como é que estas criaturas evoluíram de origens tão humildes? A resposta está longe de ser concreta, já que poucos foram os espécimes desta linhagem de repteis encontrados e estudados.