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Beleneses 1-3 Sporting | Reviravolta com bis de Jovane

António Cotrim / Lusa

O Sporting não vacilou na visita ao Belenenses, na Cidade do Futebol, e venceu por 3-1, regressando assim ao terceiro lugar do campeonato.

O jogo nem começou de feição para os “leões”, que permitiram um golo aos anfitriões, bem cedo no jogo, mas rapidamente reagiram e deram a volta ao marcador, fixando o resultado ainda antes do intervalo, com um bis de Jovane Cabral.

O Belenenses ainda tentou dar a volta aos acontecimentos, mas não conseguiu criar verdadeiro perigo. Com este resultado, o Sporting regressou ao terceiro lugar e já é equipa com melhor rendimento pontual desde a retoma da Liga (10 pontos em 5 jogos).

O jogo explicado em números

  • Com Cristian Borja no trio de centrais, do lado esquerdo, Nuno Mendes na ala esquerda, Gonzalo Plata de início e Stefan Ristovski na direita, o Sporting tentou desde logo assumir o comando da partida, mas esta começou confusa e com muitos passes falhados, com o Belenenses a criar muitos problemas. E, numa transição rápida, os “azuis” marcaram.
  • Do lado canhoto, Nilton ganhou a bola e assistiu de pronto Licá, que desviou perante um desamparado Luís Maximiano, logo aos nove minutos. Com três remates, um enquadrado, os anfitriões colocaram-se cedo na frente. Os “leões” pareciam algo desencontrados com o seu jogo.
  • No primeiro quarto-de-hora, exceptuando um lance em que Andraz Sporar se isolou, mas permitiu o corte de um defesa, os homens de Alvalade pouco ou nenhum perigo criaram. Tiveram mais bola (60%) e iniciativa, mas somente um remate, desenquadrado, e apenas duas acções com bola na área contrária.
  • O Sporting teve de recorrer às bolas paradas para chegar ao empate. Aos 21 minutos, Wendel bateu um canto da direita e Sebastián Coates saltou mais alto que todos, incluindo o guarda-redes Koffi, para o 1-1. Segundo remate leonino, primeiro enquadrado e as redes balançaram. Fica a ideia que Koffi poderia ter feito melhor.
  • Contudo, o Sporting continuou sem conseguir ligar o seu jogo. O passe curto era muitas vezes interceptado pelo meio-campo dos “azuis” e a opção era o passe longo, sem grandes resultados, permitindo aos da “casa” criar lances em que apanhavam a defesa leonina em contra-pé. Contudo, o golo surgiria mesmo para os forasteiros.
  • Aos 36 minutos, Ristovski cruzou da direita e Jovane Cabral, na área, e com um pontapé acrobático, atirou para o 2-1, ao quarto remate sportinguista, segundo com boa direcção. O Belenenses tinha mais remates nesta fase (7), mas a eficácia estava toda do lado contrário.
  • Até ao intervalo referência para novo golo de Licá, mas anulado por fora-de-jogo. E para o 3-1 para o Sporting. Rúben Lima fez falta sobre Sporar à entrada da área, o árbitro assinalou grande penalidade e Jovane Cabral, à segunda (na primeira conversão, Koffi defendeu, mas o lance foi repetido, por o guarda-redes se ter adiantado antes do pontapé), fez o 3-1.

Primeira parte com muito que contar, na Cidade do Futebol. O Belenenses marcou primeiro, por Licá, aproveitando um dos muitos lances em que interceptou passes curtos do Sporting e cortou a construção leonina. Contudo, os “azuis” mostraram-se muito permeáveis na retaguarda e a equipa de Rúben Amorim aproveitou para marcar três golos, o primeiro de canto, por Sebastián Coates, os outros dois por Jovane Cabral, um num remate acrobático, outro de penálti. Não espanta que Jovane fosse, ao intervalo, o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.5, fruto do bis e de dois remates enquadrados em três disparos. Contudo, o extremo já não voltou para a segunda parte, devido a problemas físicos.

  • O Belenenses teve mais bola (52%) no primeiro quarto-de-hora do segundo tempo, obrigado a correr atrás do prejuízo. Contudo, os “leões” surgiram com um pouco mais de critério e segurança no passe (84% de eficácia nesta fase), muito por culpa da entrada de Francisco Geraldes para o meio-campo. O “leão” registava três remates, um enquadrado, quando chegou a hora de jogo, mais um disparo que os homens da casa.
  • O encontro manteve-se longe de bem jogado, com equilíbrio nas operações, apesar da tentativa “azul” de chegar ao golo. O Sporting continuava, ainda assim, mais perigoso, com cinco remates, dois deles enquadrados, no segundo tempo (3-1 para os da casa). A equipa de Petit, apesar de mais ofensiva do que no primeiro tempo, somava apenas uma acção com bola na área leonina nesta fase do jogo, pouco para quem queria discutir o resultado.
  • Sporar, autor de três golos neste reatamento, estava algo discreto na partida, sem grandes hipóteses de surgir em zonas de finalização. Contudo estava a fazer um excelente trabalho como referência ofensiva, com nove duelos aéreos ofensivos disputados, quatro deles ganhos, bem como cinco faltas sofridas, incluindo a da grande penalidade. Uma tarefa de sacrifício.
  • O jogo arrastou-se até final, com o Belenenses a não mostrar capacidade para sequer fazer perigar a baliza leonina, terminando com parcas duas acções com bola na área contrária. O “leão”, por seu turno, tirou o pé do acelerador, pelo que o golo nunca mais esteve perto de acontecer.

O melhor em campo GoalPoint

A atacar e a defender. Sebastián Coates foi o “patrão” da reacção e da consistência leonina na vitória do Sporting sobre o Belenenses. O uruguaio subiu no terreno para cabecear com êxito para o 1-1, golo que contribuiu decisivamente para a sua eleição de MVP, com um GoalPoint Rating de 7.6.

Para além do tento, o central enquadrou os seus dois remates (ambos de cabeça), fez três desarmes e cinco alívios. E não perdeu qualquer duelo aéreo.

Jogadores em foco

  • Jovane Cabral 7.1 – O jovem extremo jogou apenas 45 minutos, pois saiu ao intervalo com queixas físicas. Mas foi tempo suficiente para registar o segundo melhor rating (primeiro durante muito tempo, mesmo após sair), com dois golos em dois remates, um drible completo em três tentativas e uma movimentação que os “azuis” não conseguiram travar.
  • Francisco Geraldes 6.5 – Quem entrou para o lugar de Jovane foi Geraldes, numa altura em que o Sporting mostrava necessitar de alguém para fazer parceria com Wendel no “miolo”. O médio fez três remates, todos enquadrados, e completou 21 de 25 passes.
  • Andraz Sporar 6.2 – O ponta-de-lança não marcou, mas o seu trabalho foi fundamental. Ganhou quatro de nove duelos aéreos ofensivos, sofreu seis faltas (máximo do jogo), uma delas que deu a grande penalidade do 3-1. Faltou-lhe o golo.
  • Nilton Varela 5.8 – O jogador com melhor rating entre os “azuis”. Nilton fez todo o corredor esquerdo, tendo saído dos seus pés a assistência para o golo de Licá. E ainda fez cinco cruzamentos (um eficaz) e quatro desarmes.
  • Licá 5.8 – O tento do Belenenses foi da sua autoria, e ainda marcou outro, anulado por fora-de-jogo. O experiente jogador foi um dos mais perigosos, mercê da sua movimentação, tendo ainda completado as duas tentativas de drible.
  • Nuno Mendes 5.8 – Jogo positivo do jovem no flanco esquerdo dos “leões”. Nuno Mendes somou oito acções defensivas e sete recuperações de posse, e teve ainda sucesso em três de cinco tentativas de drible, somando um passe de ruptura.

Resumo

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