Cientistas descobriram que Titã está a afastar-se de Saturno mais rapidamente do que o esperado: cerca de 100 vezes mais depressa.
De acordo com o site Science Alert, isto sugere que Titã se formou muito mais perto do planeta durante o nascimento do Sistema Solar, há 4,5 mil milhões de anos, e que, nos anos seguintes, migrou para uma distância de cerca de 1,2 milhões de quilómetros.
As teorias padrão indicam que o satélite natural deveria afastar-se de Saturno a uma taxa de apenas 0,1 centímetros por ano. Em vez disso, duas técnicas independentes mostraram que está a afastar-se do planeta a uma taxa de 11 centímetros por ano – quase três vezes a taxa de migração externa da nossa Lua.
As técnicas apoiam-se fortemente nos dados obtidos através da missão Cassini. A primeira é a astrometria, que mede a posição de Titã em relação às estrelas de fundo. A missão espacial fez medições disso, que foram adicionadas a observações históricas de 1886, para calcular a mudança de posição de Titã em relação a Saturno ao longo do tempo.
A segunda técnica foi a radiometria. A Cassini teve 10 encontros próximos com Titã entre 2006 e 2016, monitorizados pela Rede de Espaço Profundo (DSN), que forneceu medições precisas das mudanças na velocidade desta devido à gravidade de Titã.
“Ao utilizar dois conjuntos de dados completamente independentes – astrométrico e radiométrico – e dois métodos diferentes de análise, obtivemos resultados que estão em total concordância”, afirma Valéry Lainey, astrónomo do Observatório de Paris e um dos autores do estudo publicado, esta segunda-feira, na revista científica Nature Astronomy.
Mais um divórcio!