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A dieta do tubarão-branco não é como os cientistas pensavam

kenbondy / Flickr

Carcharodon carcharias, conhecido pelo nome comum de tubarão-branco

A comunidade científica ficou surpreendida ao conhecer a verdadeira dieta do tubarão-branco. Os resultados do novo estudo vêm deitar abaixo alguns estereótipos em relação a este predador.

Pela primeira vez, um estudo detalhou a dieta dos tubarões-brancos da costa leste australiana. As conclusões surpreenderam os cientistas, já que são contrárias àquilo que pensavam anteriormente. Os autores deste novo estudo descobriram que este temível predador passa mais tempo a alimentar-se perto do fundo do mar do que o esperado.

“Nos estômagos dos tubarões, encontramos restos de uma variedade de espécies de peixes que normalmente vivem no fundo do mar ou enterrados na areia. Isto indica que os tubarões devem passar boa parte do seu tempo alimentando-se no fundo do mar”, disse o autor principal, Richard Grainger, citado pelo Phys.

O investigador diz ainda que o estereótipo que temos da barbatana dorsal do tubarão fora de água enquanto procura por presas não é provavelmente um cenário muito preciso. Os resultados do estudo foram publicados este domingo na revista científica Frontiers in Marine Science.

Embora o salmão do leste da Austrália seja a presa predominante para os tubarões brancos juvenis, “o conteúdo estomacal destacou que estes tubarões também se alimentam no/perto do fundo do mar”. Para chegar a esta conclusão, os investigadores analisaram o conteúdo de 40 estômagos de tubarões-brancos juvenis e compararam com dados de tubarões da costa da África do Sul.

O coautor do estudo Gabriel Machovsky-Capuska diz que as revelações deste estudo são de extrema importância para perceber os conflitos entre humanos e tubarões e saber como melhor proteger esta espécie.

“Os tubarões-brancos têm uma dieta variada. Assim como o salmão do leste da Austrália, encontramos evidências de outros peixes ósseos, incluindo enguias, badejos, tainhas e bodião. Descobrimos que as raias também eram um componente importante da dieta”, explicou ainda Grainger.

Além disso, o autor do estudo aferiu que os tubarões-brancos só se começam a alimentar de grandes presas, como golfinhos, a partir do momento em que começam a atingir maiores dimensões, nomeadamente cerca de 2,2 metros de comprimento.

ZAP //

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