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Arqueólogos descobrem antiga área de culto no Iraque

(dr) Sebastien Rey / Girsu Project

Antiga área de culto descoberta em Tell Telloh (Girsu), no Iraque

Arqueólogos descobriram uma área de culto, com cinco mil anos, no Iraque, onde se realizavam festas de fogo, sacrifícios de animais e procissões rituais dedicadas a deuses mesopotâmicos.

Segundo o site Live Science, uma equipa de arqueólogos encontrou mais de 300 chávenas, tigelas, potes e vasos de cerâmica, assim como ossos de animais, em Tell Telloh, no Iraque, antes conhecida como Girsu ou Uruku (“a cidade sagrada”).

Os objetos estavam no interior ou perto de uma “favissa” (cova para rituais) com 2,5 metros de profundidade, contam Sebastien Rey, diretor do Ancient Girsu Project, e Tina Greenfield, zooarqueóloga da Universidade de Saskatchewan, no Canadá.

Um dos objetos mais impressionantes encontrado pelos arqueólogos foi uma estatueta de bronze em forma de pato, com olhos feitos de concha. Em declarações ao mesmo site, a dupla de investigadores diz que o objeto pode ter sido dedicado a Nanshe, uma deusa associada à água, aos pântanos e às aves aquáticas.

Além disso, os cientistas também descobriram o fragmento de um vaso com uma inscrição dedicada a Ninurta, um deus guerreiro mesopotâmico.

Rey e Greenfield afirmam que as chávenas e os cálices encontrados foram provavelmente usados num banquete religioso, antes de serem descartados na cova, enquanto os ossos seriam de restos de animais que foram consumidos ou mortos para sacrifícios rituais.

A área tem ainda uma espessa camada de cinzas que provavelmente sobrou de grandes incêndios rituais. A equipa também encontrou oito estruturas ovais cheias de cinzas que provavelmente eram restos de lanternas ou luminárias de chão.

Os arqueólogos acreditam que a área de culto foi usada durante um período chamado Período Dinástico Arcaico, que durou entre 2950 e 2350 A.C.

As tabuletas cuneiformes encontradas em Girsu, no final do século XIX e início do século XX, descrevem os banquetes e procissões religiosas para as quais a área de culto era usada. Algumas fazem referência a um banquete religioso em homenagem a Ninurta, realizado duas vezes por ano e que durava três ou quatro dias.

ZAP //

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