Um doente de 67 anos está sem acesso a tratamento médico devido a uma “falha de comunicação” entre o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e o Hospital de Santo António. Tudo por falta de entendimento quanto a quem deve tratá-lo.
Eduardo Falcão, de 67 anos, teme que a infecção na próstata e num testículo de que padece se torne num caso grave, dado não conseguir acesso a tratamento devido a problemas burocráticos quanto à competência para o tratar.
O doente é seguido no Departamento de Urologia do IPO devido a um tumor num rim, depois de ter sido operado em 2017, como relata o Jornal de Notícias (JN), salientando que foi a esta unidade que Eduardo Falcão recorreu quando começou a ter dores.
Ele começou por ser diagnosticado e medicado no IPO e, portanto, achou que ia continuar a ser tratado nesta unidade. Mas quando lá voltou, em Setembro passado, porque sentia novamente dores, disseram-lhe que “por o problema não ser maligno, teria de ser acompanhado no Santo António”, como cita o JN. Ainda assim, no IPO prescreveram-lhe nova medicação.
Quando o antibiótico terminou, volvido um mês, ele voltou ao IPO e a médica que o atendeu informou-o de que “não podia fazer nada, por o caso não ser maligno”, afiança o mesmo jornal.
Deste modo, Eduardo Falcão está sem tratamento e receia que a infecção possa tornar-se num problema mais sério.
Em comunicado conjunto, o IPO e o Santo António falam de “uma falha de comunicação no momento da triagem”. As duas instituições acrescentam que o Centro Hospitalar do Porto já está “a proceder à marcação de uma consulta para avaliar a necessidade de uma pequena cirurgia”.