Paleontólogos identificaram, nos Estados Unidos, uma nova espécie de dinossauro do género dos alossauros, que viveu há mais de 150 milhões de anos.
A espécie, que tem o nome de Allosaurus jimmadseni, foi identificada a partir de dois esqueletos completos com 155 milhões anos, que foram descobertos na década de 1990 nos estados norte-americanos de Utah e Wyoming.
O estudo foi feito por comparação com ossadas de uma outra espécie, a Allosaurus fragilis, identificada há mais tempo nos Estados Unidos, e que estão à guarda do Museu de História Natural de Utah, que possui a maior coleção mundial de fósseis de alossauros.
Segundo a Universidade de Utah, que liderou a investigação, esta nova espécie de dinossauro antecedeu em pelo menos cinco milhões de anos o Allosaurus fragilis. Ambos eram carnívoros e bípedes.
A investigação, publicada na revista científica de acesso aberto PeerJ, apenas reconhece a existência de duas espécies de alossauros originárias do mesmo sítio, muito embora outros paleontólogos, que não participaram no trabalho, argumentem que haverá uma a 12 espécies provenientes da mesma zona, a formação geológica Morrison, que se estende pelos estados norte-americanos de Montana, Arizona, Utah, Wyoming e Colorado.
De acordo com o estudo, a nova espécie era o predador de topo mais comum no seu ecossistema, que viveu no período do Jurássico Superior tardio, entre 157 milhões e 152 milhões de anos, numa zona semi-árida com planícies aluviais, lagos e lodaçais.
Tinha aproximadamente oito a nove metros de comprimento e, em relação ao Allosaurus fragilis, um alcance visual inferior, devido às limitações do seu crânio, e cristas nasais afiadas mais pequenas.
Allosaurus significa “réptil diferente” e jimmadseni remete para o nome de um paleontólogo de Utah, James Madsen Jr., que escavou e analisou dezenas de milhares de ossadas de alossauros.
O primeiro fóssil de alossauro, da espécie Allosaurus fragili, foi descoberto em 1877 pelo paleontólogo norte-americano Othniel Charles Marsh.
Vestígios da mesma espécie foram encontrados em 1988 em Portugal, na localidade de Andrés, no concelho de Pombal, distrito de Leiria.
// Lusa