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Vitória-Porto: O guião de uma vingança aos minhotos com Telles e Soares como atores principais

Depois da derrota com o Braga para a liga, o FC Porto conseguiu derrotar o Vitória de Guimarães, avançando para a final da Taça da Liga, que se jogará frente aos bracarenses.

Antes de se falar do jogo desta quarta-feira, entre o Vitória de Guimarães e o Porto, é preciso regressar cinco dias atrás à partida com o Sporting de Braga. Em jogo para a liga, os ‘dragões’ deixaram-se surpreender em casa e perderam por 1-2 com os bracarenses, num jogo em que Alex Telles e Tiquinho Soares falharam um penálti cada.

Estes mesmos dois jogadores foram os percursores do triunfo dos ‘azuis e brancos’ esta quinta-feira, numa espécie de ato de vingança aos minhotos. Aliás, a vendetta dos portistas não ficará completa sem que derrotem o Braga este domingo, na final da Taça da Liga.

Passado e futuro à parte, importa falar do que se passou no presente. O FC Porto entrou melhor na partida com os vimaranenses, com Uribe, Marega e Mbemba a deixarem os primeiros avisos na primeira parte. Do outro lado, o Vitória de Guimarães teve dificuldades em causar problemas a Diogo Costa, com o único lance de perigo a chegar já em cima do intervalo.

Independentemente dos esforços, os jogadores regressaram aos balneários com o nulo no marcador.

O lance que deu ânimo ao jogo apareceu aos 63 minutos, quando Tiquinho Soares, numa tentativa de aliviar a bola da área portista, atinge Léo Bonatini. Depois de consultar o vídeoárbitro, o juiz da partida apontou para a marca de grande penalidade. Olhos na baliza e gelo nas veias, Tapsoba não vacilou e converteu da marca dos 11 metros.

A vantagem dos vimaranenses não durou muito. Um minuto depois, os comandados de Sérgio Conceição retribuíram na mesma moeda. Alex Telles desferiu um remate poderosíssimo que levou Douglas a ajoelhar-se impotentemente.

O golo despoletou a fome de reviravolta e, aos 75 minutos, foi a vez de Soares redimir-se do erro que originou o golo adversário. Um excelente trabalho de Corona a fazer a desmarcação e a aguentar a carga do defesa, para depois assistir Tiquinho, que só precisou de encostar.

“Por vezes falham-se penáltis, e os jogadores que falharam os penáltis contra o Braga por acaso foram os jogadores que hoje fizeram os golos da vitória. O Alex Telles e o Soares. Isto é o futebol”, disse Conceição na conferência de imprensa após a partida.

Ainda assim, o Porto ainda teve de sofrer para ver o seu triunfo selado. Aos 95 minutos, quando já os adeptos portistas cantavam vitória, o emblema minhoto chegou ao golo. Diogo Costa saiu de entre os postes para agarrar uma bola nas alturas, mas foi obrigado a fazê-lo a dois tempos — ou pelo menos tentar.

João Pedro, que tinha saltado do banco na segunda parte, roubou a bola das mãos do jovem guardião antes que ele a agarrasse totalmente e atirou para o fundo da baliza. O árbitro Jorge Sousa não ficou convencido e recorreu novamente ao VAR para averiguar a legalidade do lance.

Após análise, o golo foi anulado por falta de João Pedro sobre Diogo Costa. O jovem avançado parece acertar nas mãos do guarda-redes aquando a tentativa de segurar a bola. Assim, o encontro terminava com um resultado de 1-2, favorável ao FC Porto, que garantia a presença na final da Taça da Liga, frente ao Braga.

“Nem estava a pensar nos penáltis”

“É uma vitória que nos permite estar na final da Taça da Liga. Estamos contentes por isso. Jogadores com determinação, grande caráter, mas já é normal”, disse Conceição no final do jogo. “Vai ser um bom espetáculo. Vamos descansar e pensar amanhã de manhã no jogo da final”.

Em relação às substituições feitas (fez entrar Wilson Manafá, Romário Baró e Vítor Ferreira), o treinador portista garante que nem pensou nas grandes penalidades ao fazê-las.

“Quis sempre ganhar o jogo e nem estava a pensar nos penáltis. O Vitória no lado esquerdo tem uma dinâmica muito interessante e o Corona podia estar exposto com o amarelo. Queria dar mais fulgor ao ataque, criar desequilíbrio e o Corona foi para a frente e entrou o Manafá, que é rápido, consegue esticar o jogo e é competente a defender. Depois o Romário pelo Moussa foi para apanhar o primeiro médio de construção e na parte final o Vítor Ferreira pelo Otávio, já desgastado. As substituições foram sempre a viver o que o jogo precisava”, explicou.

O técnico do Vitória de Guimarães, Ivo Vieira, recusou falar sobre as decisões da equipa de arbitragem e defendeu que é preciso falar mais sobre futebol e menos sobre assuntos periféricos.

Gosto de falar sobre futebol. Vocês é que devem falar sobre aquilo que aconteceu. Deve-se falar cada vez mais de futebol, há muitos programas em que se fala de muita coisa e nem se discute futebol. Vou continuar a defender o futebol, é a minha forma de estar. O árbitro decide o que quer, o meu trabalho é preparar a equipa”, disse, em declarações à SportTV.

Quem não ficou contente com o desempenho dos árbitros foi a massa de adeptos vimaranenses. De acordo com o Jornal de Notícias, muitas das cadeiras do Estádio Municipal de Braga foram arrancadas pelos adeptos do emblema de Guimarães. Além disso, o jornal refere que foram feitos estragos nas casas de banho do estádio

DC, ZAP //

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