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Para salvar as baleias, cientistas querem contá-las a partir do Espaço

Um aquário e uma empresa de engenharia em Massachusetts, nos Estados Unidos, estão a trabalhar em conjunto num projeto para proteger as baleias. Como? Controlando-as a partir do Espaço.

O New England Aquarium e a Draper planeiam utilizar dados de fontes como satélites, sonares e radares para perceber melhor quantas baleias existem nos oceanos, avança a agência Associated Press, citada pelo Business Insider.

Através desta recolha de dados, o projeto “Counting Whales From Space” (“Contando baleias a partir do Espaço” em tradução para Português) pretende criar um mapa que situa onde as baleias se encontram.

“Se as baleias estão a mover-se de uma área para outra, qual é a razão? É devido ao aquecimento do oceano? São mudanças nas rotas comerciais? São perguntas que poderemos começar a responder assim que tivermos os dados”, explica John Irvine, cientista de análise de dados que trabalha com a Draper.

De acordo com a mesma agência, a dupla investiu um milhão de dólares no projeto, quase 900 mil euros, e é esperado que este se desenvolva ao longo de vários anos. Atualmente, as pesquisas aéreas feitas através de aviões ou helicópteros são o método mais usado para contar baleias, no entanto, esta é uma abordagem cara, sujeita a más condições atmosféricas e que pode ser perigosa.

Os membros do projeto afirmam que o objetivo é desenvolver uma nova tecnologia que utilize algoritmos especialmente criados para processar todos os dados e usá-los para monitorizar baleias. A aparência exata do produto final é um trabalho ainda em andamento, mas o objetivo é “uma vigilância global no movimento das baleias”.

A tecnologia poderá ser usada para monitorizar baleias em qualquer lugar dos oceanos, mas algumas das necessidades mais urgentes encontram-se perto de Nova Inglaterra, disse Vikki Spruill, a presidente do aquário.

As águas desta região no nordeste dos Estados Unidos são a casa de muitas baleias-francas-do-atlântico-norte, uma espécie ameaçada que conta apenas com cerca de 400 espécimes e que está em declínio populacional.

ZAP //

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