Um professor da Universidade Bahauddin Zakariya foi condenado à morte por blasfémia, na cidade de Multan, no Paquistão.
Um professor universitário foi condenado à morte por blasfémia. Em 2013, Junaid Hafeez proferiu, alegadamente, afirmações contra Maomé e o Corão, tanto verbalmente como no Facebook. Essas declarações levaram a que o professor fosse denunciado por blasfémia, estando detido desde 2013.
No ano seguinte, o professor universitário ficou sem o seu primeiro advogado, depois de este ter sido morto a tiro. Segundo o Expresso, o crime ficou sem castigo até agora. Segundo o atual advogado de Junaid Hafeez, que permanece anónimo por razões de segurança, o crime teve o efeito pretendido.
“O facto de não se ter prendido quem matou Rehman sinalizou impunidade para outros eventuais vigilantes. Poderia algum juiz, nessas circunstâncias, assumir o risco de fazer justiça? Os que podiam foram transferidos para outro distrito ou pressionados por grupos de advogados operando como máfias”, afirmou.
Atualmente, de acordo com números avançados pelo Expresso, encontram-se quarenta pessoas condenadas por blasfémia no corredor da morte no Paquistão. O caso mais mediático foi o de Asia Bibi, uma mulher que passou oito anos presa antes de a sua condenação à morte ter sido revogada pelos tribunais.
No entanto, egundo o semanário, Hafeez, para já, não tem a mesma sorte. O seu prestígio intelectual e o mestrado em artes que fez nos Estados Unidos com uma bolsa Fulbright não o ajudam.
Hoje, encontra-se preso num cadeia de alta segurança, onde esperará numa cela o resultado no recurso que vai interpor no tribunal superior em Lahore.