Roman Zozulya, futebolista ucraniano do Albacete que foi alvo de insultos num jogo da segunda divisão espanhola frente ao Rayo Vallecano, defendeu-se na quinta-feira, em conferência de imprensa, das acusações de adeptos que o ligam ao nazismo.
O avançado de 30 anos explicou que não tem ligação a grupos políticos radicais e não apoia nenhum regime que se baseie na violência. “Sou apenas um jogador de futebol. Não tenho nenhuma ideologia política. Não ia querer na minha equipa ou no meu estádio ninguém cuja ideologia apoie algum tipo de violência”, disse, citado pela agência Lusa.
Alguns adeptos do Rayo Vallecano acusaram o jogador de ter ideologias radicais devido a fotografias que mostravam Zozulya ao lado de tropas do exército, incluindo uma iamgem em que o futebolista segurava uma pistola. “Sou um patriota, isso não é um crime. Nunca comprámos armas. Costumávamos visitar algumas zonas de guerra para mostrar o nosso apoio às tropas, como patriotas”, assegurou o jogador.
No domingo, o jogo entre Rayo Vallecano e Albacete foi suspenso ao intervalo, depois de ter estado interrompido na primeira parte, devido a insultos políticos contra o ucraniano. Um grupo de adeptos do Rayo cantou em várias ocasiões durante a primeira metade do jogo palavras ofensivas, acusando o futebolista de ser “nazi”, o que levou o árbitro do encontro a interromper o encontro durante alguns minutos.
O jogo ainda prosseguiu até ao intervalo, quando o resultado estava 0-0, mas depois de as equipas terem recolhido aos balneários, chegou a informação que a partida não seria retomada, por decisão do árbitro.
O nome de Zozulya já tinha sido contestado pelos adeptos do Rayo em 2017. Depois de ter sido anunciada a sua contratação pelo clube a título de empréstimo do Bétis, os adeptos do clube de Madrid o acusaram de “filiação nazi”. O avançado ucraniano nem chegou a treinar ou a jogar com os novos companheiros, tendo sido devolvido ao emblema andaluz.