Uma equipa de astrobiólogos da Agência Internacional Europeia enviou 18 estripes diferentes de bactérias para a Estação Espacial Internacional (EEI), visando determinar se é viável avançar para a bio-mineração extraterrestre num ambiente sem gravidade.
De acordo com o portal Space.com, que avança com a notícia, estes microrganismos podem ajudar a impulsionar a exploração humana no Espaço para lá do nosso planeta.
O procedimento científico foi lançado no final de julho a bordo da nave espacial Space X. Sob o nome de Biorock, a experiência vai estudar com a detalhe a importância da gravidade para este tipo de bactérias, bem como a sua capacidade de extrair nutrientes e elementos economicamente de interesse a partir de rochas de basalto.
Estes organismos usam o mineral como combustível, aproveitando a transferência de eletrões para se manterem vivos, de forma a que libertem durante o processo determinados metais sem que seja necessário aplicar energia extra, explicaram os cientistas, de acordo com a explicação científica do processo.
Caso os cientistas consigam alcançar bons resultados, isto é, encontrar uma ou mais bactérias que possam minerar para lá da Terra, a pesquisa poderá posteriormente abrir portas para a exploração humana no Espaço. Além disso, pode contribuir para o desenvolvimento da atividade mineira em larga escala em solos rochosos extraterrestres.
O processo de bio-mineração no Espaço, que é já praticado na Terra, permitirá obter recursos extraídos de outros mundos.
“Esperamos obter informações sobre como é que micróbios crescem no Espaço e como é que podemos usá-los na exploração humana e na colonização do Espaço, desde a mineração até à transformação de rochas em terra na Lua e em Marte”, disse Charles Cockell, astrobiólogo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que é também o líder do projeto, citado em comunicado da NASA.
“Entender como é que os micróbios interagem, crescem e extraem elementos de uma superfície de rocha em micro-gravidade e gravidade simulada de Marte vai dizer-nos, pela primeira vez, se a baixa gravidade afeta a capacidade dos microrganismos aderirem às superfícies rochosas e executarem a bio-mineração”, rematou o especialista.