O Ministério das Antiguidades do Egito divulgou novas fotografias do túmulo de Tutankhamon, mostrando em detalhe o artefacto com mais de 3.300 anos.
O Governo egípcio divulgou as novas imagens através da sua conta oficial do Facebook, sublinhando que estas fazem parte do grande projeto de restauro do artefacto.
Em comunicado, citado pelo portal Newsweek, o Ministério dá conta que o túmulo do faraó, que morreu com apenas 19 anos, foi levado para o Grande Museu Egípcio (GEM) a 12 de julho para que fossem levados a cabo trabalhos de restauração e preservação.
“Um exame preliminar realizado no caixão externo dentro do túmulo revelou que este sofria de uma fraqueza gera, tendo também desenvolvido rachaduras nas suas camadas douradas de gesso, especialmente na zona da tampa e da base”, pode ler-se na nota.
“Uma intervenção imediata para restaurar o caixão dentro de um ambiente adequado é agora necessária”, precisa ainda o mesmo comunicado.
Tal como recorda o site, esta é a primeira vez que as autoridades realizam trabalhos no caixão desde que este foi descoberto há quase um século, em 1922, pelo arqueólogo britânico Howard Carter. A câmara funerária do faraó media seis metros de comprimento por quatro de largura e estava repleta de objetos funerários valiosos – incluindo uma adaga feita a partir de um fragmento de meteorito.
Depois de ser transportado do Vale dos Reis, o lugar de descanso eterno do rei Tut foi isolado. Agora, uma equipa de especialistas está a proceder ao seu restauro recorrendo a técnicas não invasivas, levando a cabo simultaneamente “investigações científicas”. De acordo com a estimativa do Governo, os trabalhos devem levar mais de oito meses.
Na mesma nota de imprensa, o Ministério recorda que, ao todo, a câmara funerária de Tutankhamon tinha três caixões. O mais interno “é na forma da múmia, feito de ouro maciço e pesa 110,4 quilogramas”, pode ler-se no comunicado.
“Dentro [do caixão mais interno] estava a múmia do rei cuja cabeça estava coberta com a icónica máscara de ouro do rei menino”.
Tutankhamon morreu com apenas 19 anos, havendo várias teorias sobre a sua morte. Alguns especialistas defenderam que o faraó foi assassinado com um golpe na cabeça, mas uma tomografia à múmia descartou depois esta hipótese.
Outra teoria popular sustenta que o faraó morreu num acidente de carro. Contudo, estudos mais recentes apontam que o “rei-menino” faleceu devido a doenças, como a malária. Outros estudos indicam que a sua saúde era mais frágil e que padecia de várias patologias, porque era fruto de uma relação incestuosa.