O Benfica qualificou-se hoje para a final da Liga Europa de futebol pela segunda vez consecutiva, ao empatar 0-0 com a Juventus, em Turim, precisamente no estádio que vai acolher a final com o Sevilha.
Em Itália, o Benfica fez valer a vitória alcançada da primeira mão das meias-finais, no estádio da Luz, por 2-1, apesar da expulsão de Enzo Pérez aos 67 minutos, e assegurou a sua décima final em competições europeias, um ano depois da derrota com os ingleses do Chelsea.
Na final agendada para 14 de maio, no Estádio da Juventus, em Turim, o Benfica, sem poder contar com Enzo, nem Markovic, expulso no banco nos instantes finais, ou Salvio, vai defrontar o Sevilha, que perdeu em Valência por 3-1, qualificando-se graças ao golo marcado fora depois de ter ganhado em casa por 2-0.
Em confronto totalmente espanhol, o Valência, com Ricardo Costa e João Pereira, deu a volta à eliminatória no Estádio Mestalla, graças a um golo Feghouli (14), um autogolo do guarda-redes português Beto (26) e outro tento de Mathieu (69), mas Mbia, em período de compensação (90+4) deu a terceira final ao Sevilha, após as presenças na final da Taça UEFA em 2006 e 2007.
Benfica disputa a 10.ª final europeia e segunda consecutiva
O Benfica garantiu a sua 10.ª final europeia de futebol e segunda consecutiva, feito que não conseguia há mais de meio século.
Um ano depois de ter perdido a final da Liga Europa com o Chelsea, ao cair por 2-1 nos descontos, em Amesterdão, o conjunto de Jorge Jesus volta a disputar a vitória na mesma prova com o Sevilha, a 14 de maio, no regresso a Turim.
Ao somar uma segunda final seguida, o Benfica repete algo que só havia conseguido no início dos anos 60 do século passado, quando esteve consecutivamente nas finais da Taça dos Campeões de 1960/61, 61/62 e 62/63.
Nessa década de ouro, os “encarnados” estiveram em cinco finais da principal prova europeia, vencendo as duas primeiras, em 1960/61, face ao FC Barcelona, e 61/62, perante o Real Madrid, sob o comando de Bela Guttmann.
O húngaro partiu e deixou uma maldição – que o Benfica jamais venceria uma prova europeia -, ainda por quebrar, sendo que, nos anos 60, a equipa da Luz esteve em mais três finais: 1962/63 (AC Milan), 64/65 (Inter de Milão) e 67/68 (Manchester United).
A sexta final só chegou em 1982/83, na Taça UEFA, e foi perdida, a duas mãos, com o Anderlecht. Nos anos seguintes, o conjunto “encarnado” chegou a mais duas, em 1987/88 (PSV Eindhoven) e 89/90 (AC Milan), novamente na Taça dos Campeões Europeus.
Foi, então, preciso esperar 23 anos por nova final, que chegou em 2012/13. Em Amesterdão, o conjunto comandado por Jorge Jesus perdeu por 2-1, com o Chelsea, a sua nona final europeia.
Um ano volvido, o Benfica volta ao encontro que decidirá a segunda prova da UEFA e para defrontar aquele que será o menos poderoso adversário que já enfrentou em finais.
MR, Futebol 365 / Lusa