A NASA e a SpaceX explicaram, finalmente, o motivo da explosão da nave espacial Crew Dragon. Apesar de terem sido divulgadas imagens da explosão, nenhuma das agências explicou as razões do desastre.
As imagens da nave espacial Crew Dragon a explodir durante um teste na plataforma de lançamento correram as redes sociais em abril. A SpaceX confirmou que um dos seus foguetões explodiu num misterioso acidente, mas não revelou o que aconteceu especificamente.
Apesar de nenhuma das agências ter comentado o sucedido na altura, tanto a NASA como a SpaceX explicam agora que a explosão foi causada por um incêndio de titânio.
A investigação interna sugere que a explosão foi provocada pelo sistema de pressurização da nave espacial.
De acordo com o chefe da missão da SpaceX, Hans Koenigsman, e com a gerente da equipa comercial da NASA, Kathy Lueders, o componente de titânio de uma válvula de retenção falhou devido a um derrame de um oxidante líquido – o tetróxido de azoto (NTO) – o que causou uma ignição dentro da válvula de retenção e depois a explosão.
A SpaceX revelou que a reação entre o titânio e o tetróxido de azoto, quando submetidos à alta pressão, “não era esperada”.
“O titânio tem sido usado com segurança ao longo de muitas décadas e em muitas naves espaciais de todo o mundo. Mesmo assim, o teste e a anomalia [verificada] forneceram informações preciosas. As aprendizagens retiradas deste teste – e de outros [realizados] durante a nossa extensa fase de testes – permitirão melhorar ainda mais a segurança e a confiança nos veículos aéreos do SpaceX”, afirmou Hans Koenigsman, citado pela Visão.
“A comunicação com a NASA foi boa. A comunicação com o público (contribuintes) não foi”, explicou Jim Bridenstine, administrador da NASA, através do Twitter, acrescentando que irá entrar em vigor um novo procedimento, de modo a “fornecer o máximo de informação ao público, o mais rapidamente possível”.
Conforme explica o ScienceAlert, o objetivo é que os detalhes da ocorrência e a explicação do sucedido sejam transmitidos “em poucas horas”, em vez de meses, no caso de uma possível anomalia.
Ambas as agências recusaram-se a responder se os testes iriam continuar e qual foi o impacto da explosão da Crew Dragon.