Após o anúncio do Irão, de que vai recomeçar o enriquecimento de urânio para fins militares, os Estados Unidos decidiram enviar mais mil militares para o Médio Oriente.
Os Estados Unidos decidiram enviar cerca de mil militares suplementares para o Médio Oriente em contexto de tensões acrescidas com o Irão, anunciou esta segunda-feira o chefe do Pentágono, Patrick Shanahan.
Nas palavras do Ministério da Defesa dos Estados Unidos da América, esta medida destina-se a “garantir a segurança e a saúde dos militares destacados na região e a proteger os interesses nacionais” norte-americanos, enquanto se garantiu, ao mesmo tempo, que “os EUA não procuram entrar em guerra com o Irão”.
Em comunicado, Shanahan afirmou que “os recentes ataques iranianos validam informações viáveis e credíveis recebidas sobre o comportamento hostil das forças iranianas e dos grupos que apoiam, o que representa uma ameaça para os cidadãos e os interesses norte-americanos no conjunto da região”.
Em resposta a um pedido do Comando Central dos EUA (Centcom), que pediu reforços, de acordo com o chefe de Estado-Maior e após consultas com a Casa Branca, Shanahan informou que autorizou “o envio de mil tropas suplementares com fins defensivos para responder a ameaças aéreas, navais e terrestres no Médio Oriente”, sem detalhar a repartição do efetivo.
O Pentágono já tinha enviado em meados de maio para o Golfo um navio de guerra, com veículos, designadamente anfíbios, e uma bateria de mísseis Patriot, acrescentando-se à deslocação para a região de um porta-aviões, perante a ameaça de ataques “iminentes” que os Estados Unidos atribuíam aos Irão.
No final de maio, os Estados Unidos já tinham anunciado a transferência para o Médio Oriente de 1.500 soldados suplementares, invocando “ameaças persistentes” contra as suas forças provenientes “do mais alto nível” do Governo iraniano.
Aparelhos de reconhecimento e vigilância e um esquadrão de 12 aviões de combate reforçaram o dispositivo.
ZAP // Lusa