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A vida extraterrestre pode ter “cara” de massa

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Bruce W. Fouke

Micróbios fontes termais de Yellowstone criam formações rochosas semelhantes a fettuccini ou capellini.

Uma equipa de cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, acredita que os seres extraterrestres podem assemelhar-se à forma da massa comum, estando longe das pequenas criaturas verdes que a ficção foi criando.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram as águas geotermais ricas em minerais do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, e descobriram que os micróbios que proliferam nestes ambientes assemelham-se à massa comum, como o fettuccini ou capellini, revela o novo estudo financiado pela NASA e cujos resultados foram no fim do mês de abril publicados na revista científica Astrobiology.

O autor do estudo, Bruce Fouke, da Universidade de Illinois, acredita que estas formações em forma de massa podem ser as primeiras pistas para encontrar vida noutros planetas para lá da Terra. Podem ser uma evidência crucial para rastrear estes seres.

“Se formos a um outro planeta com um rover, adoraríamos ver micróbio vivos ou pequenas mulheres e homens verdes em naves espaciais. Mas a verdade é que estaremos a procurar por uma vida que, provavelmente, está a crescer numa primavera quente, [será] uma vida que foi fossilizada”, explicou o especialista citado pelo Live Science.

Partindo do “laboratório” natural de Yellowstone, Fouke explicou que os minerais precipitam fora da água, criando formações compostas por carbonato de cálcio, que são normalmente conhecidas como travertino. No entanto, frisou o cientista, estas formações não são moldadas no vácuo, sendo antes construídas por micróbios.

As águas aquecidas do Parque Nacional de Yellowstone, que chegam a atingir uma temperatura entre 65 e 72 graus Celsius e um pH baixo entre 6,2 e 6,8, ou seja, a água é mais ácida do que básica, são o ponto central do estudo. A análise da água concluiu que 98% dos microrganismos encontrados são Sulfurihydrogenibium yellowstonense.

Os cientistas recolheram amostras de fileiras de micróbios filamentosos que se desenvolvem nestas águas. Estas formações parecem-se com massa e cada fileira consiste em três biliões de células interligadas entre si.

Em águas paradas, contudo, os micróbios comportam-se de outra forma, criando rastos de mucosas soltas. Estes organismos evoluíram há 2,5 mil milhões de anos, quando não havia ainda oxigénio na atmosfera da Terra.

De acordo com os cientistas, os seus vestígios de vida devem parecer-se com pegadas longas e fossilizadas na superfície das rochas. E, por isso, estas formações podem vir a servir como pista para identificar vida extraterrestre passada.

A equipa acredita que estes seres de Yellowstone possam ser muito semelhantes a qualquer outra forma de vida para lá da Terra. “Quando tivermos uma pedra de travertino que se assemelhe a fettuccini, e se essa rocha é recolhida e analisada em Marte, então teremos o conjunto completo destas análises extremamente avançadas em micróbios”, rematou o autor do estudo.

ZAP //

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