Líder da greve dos combustíveis vai trabalhar para mais de dez sindicatos

António Pedro Santos / Lusa

O vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques,

Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e advogado, está à beira de começar apoiar mais de uma dezena de sindicatos que pediram ajuda para as suas lutas laborais.

A confirmação é avançada pela TSF. Pardal Henriques diz que o seu escritório de advogados tem sido muito contactado desde os resultados alcançados com a greve dos motoristas que paralisou a distribuição de combustíveis e obrigou Governo e empresas a negociarem e cederem às reivindicações dos trabalhadores.

O segundo sindicato que vai contar com Pedro Pardal Henriques é o novo Sindicato de Segurança e Vigilantes de Portugal (SSVP) que está prestes a ser criado, com o advogado a explicar que ainda não é certo se também será vice-presidente ou ficará somente com o estatuto de seu representante. De qualquer forma, a relação será “muito semelhante” à que tem com os motoristas.

O novo sindicato da área da segurança privada nasceu de um grupo online que reúne 19 mil pessoas do setor numa área com muito mais profissionais do que os motoristas de matérias perigosas. Pardal Henriques explica que entrar ou não nos órgãos sociais deste ou de outros sindicatos com que se prepara para trabalhar não é relevante pois tanto faz ser vice-presidente ou representante jurídico em tribunal e fora deste para reivindicar os direitos dos profissionais destas áreas.

Sobre o facto de ser membro e dirigente de um sindicato não tendo essas profissões o advogado explica que isso não é um problema legal, pois tudo depende dos respetivos estatutos. Além disso, a entrada nos órgãos sociais será sempre transitória numa fase inicial para ajudar à implantação dos novos sindicatos, garante, pois nem sempre os trabalhadores têm a disponibilidade necessária.

Pedro Pardal Henriques conta que ao todo “são mais de uma dezena de sindicatos que nos pediram ajuda e com quem muito possivelmente vamos iniciar um trabalho de apoio”.

Por agora, o advogado detalha que alguns são novos sindicatos, à beira de serem formados com trabalhadores descontentes com a representação que têm, enquanto outros são sindicatos independentes já estabelecidos.

ZAP //

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