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Novo achado arqueológico acende debate sobre a história bíblica de Israel

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As escavações das ruínas da antiga cidade de Tel Lachish, em Israel, corroboram a narrativa histórica que reflete o Segundo Livro das Crónicas da Bíblia. 

Os especialistas que trabalham naquele lugar encontraram um muro defensivo desconhecido até ao momento e estabeleceram que foi construído por volta do ano 920 a.C., uma descoberta que permite verificar a lista das fortalezas construídas pelo rei Roboão de Judá no século X a.C.

Yossi Garfinkel, líder do Instituto de Arqueologia da Universidade de Jerusalém, detalhou ao jornal Haaretz que esta descoberta, combinada com os resultados da recente escavação da fortaleza de Khirbet Queiyafa – datada da época do rei David, avô de Roboão – demonstra a natureza gradual da criação do antigo reino de Israel.

Além disso, a descoberta corrobora o relato bíblico do local e sugere que um reino centralizado governado pelo rei David e pelos seus descendentes foi fundado e expandido antes do que se acreditava anteriormente.

Como Queiyafa está a um dia de viagem de Jerusalém, a capital do reino de Judá e Tel Lachish está duas vezes mais distante, o arqueólogo argumenta que a sequência dos edifícios ilustra o lento processo de expansão do estado hebraico.

“Durante o final da Idade do Bronze, Tel Lachish era uma grande cidade. Então, no século 12 a.C, foi destruída e ficou em ruínas durante entre 200 a 250 anos ”, disse Garfinkel, citado pelo jornal The Times of Israel. “A grande questão para a pesquisa na cidade é o que aconteceu na Camada 5 da Idade do Ferro: é uma cidade fortificada ou uma aldeia? Se fosse uma cidade, quando foi construída? Alguns dizem, no tempo de Davis e Salomão, no início do século X. Outros acham que foi construído apenas no final do século IX ”.

Colegas de Garfinkel como Nadav Naaman, professor da Universidade de Tel Aviv, questionaram a quem pertencia tanto Queifaya quanto a fortaleza de Tel Lachish, já que o especialista estima que é mais provável que no século X a.C fossem controlados pelos filisteus.

“No século X a.C, Judá ainda era muito periférico e muito fraco” e “apenas no século IX a.C começou a ganhar força”, enfatiza Naaman.

Os arqueólogos estão divididos sobre se o rei David era mesmo uma figura histórica, um ponto de disputa que reflete um debate mais amplo sobre se a Bíblia é um registo preciso de eventos.

Garfinkel já tinha argumentado em favor da veracidade histórica da Bíblia, incluindo nas suas escavações de um local conhecido como Hirbet Qeiyafa, localizado nas colinas da Judeia. O especialista disse que escavações da cidade fortificada “indicam uma sociedade urbana em Judá na época do rei David”. Um santuário portátil encontrado “indica arquitetura real em Judá na época de David e Salomão. De acordo com Garfinkel, “o texto bíblico descreveu a arquitetura que foi usada naquela época”.

ZAP //

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38 Comments

  1. Exacto… se (parece que) está na Biblia é porque é verdade!…
    Já se sabe que, “veracidade histórica”, é na Bíblia e n’O Senhor dos Anéis!…

          • É verdade, é… já dizia o outro: “quem estuda, sabe; quem não estuda, acredita”!!
            E ainda tem que pagar dízimo!…

          • História e estória
            Ultimamente comecei a ler e a ouvir a palavra estória quando se refere a histórias correntes do quotidiano…
            Estará correcto?

            O Aurélio – Novo Dicionário da Língua Portuguesa, quando procuramos a palavra estória, remete-nos para história e diz: «recomenda-se apenas a grafia história, tanto no sentido de ciência histórica, quanto no de narrativa de ficção, conto popular, e demais acepções.». Talvez por isso, no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, só aparece história abrangendo tanto um sentido como outro.

            No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra estória tem várias acepções, sendo a 1.ª «o mesmo que História» a 2.ª «narrativa de cunho popular e tradicional; história» e descreve a sua etimologia como «do inglês “story” (séc XIII-XV) narrativa em prosa ou verso, fictícia ou não, com o propósito de divertir e/ou instruir o ouvinte ou o leitor «do latim historia, ae». Na Literatura Oral e Tradicional quando nos queremos referir a uma narrativa de cunho popular e tradicional emprega-se o termo estória.

            Talvez por decalque do inglês “story” a palavra estória seja utilizada como sinónimo de narração curta, pequena historieta de entretenimento.

            Difere de história, pois segundo o mesmo dicionário, na sua 1.ª entrada, significa «o conjunto de conhecimentos relativos ao passado da humanidade, segundo o lugar, a época, o ponto de vista escolhido».
            in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

  2. O que estão trabalhando para
    tornar verdadeiras as “estórias” da bíblia, é inacreditável! Que sabe alguém faça isto com as “estórias” de Alice no país das maravilhas! Quanto desperdício de tempo e dinheiro para provar uma mentira!

    • Quem?!
      “Por acaso não tenho muito boa memória…
      Capeta”?! O que é isso?
      Nunca ouvi falar… é uma personagem da Bíblia ou d’O Senhor dos Anéis?!
      Colo deves quer tu!…
      ..
      PS: Escreve-se: “Eu!”!..

  3. Arqueologia bíblica só tem por objetivo confirmar o que está escrito e por isso não é ciência. “Se as datações por radioisótopos de Carbono 14, não baterem, a gente dá uma ajeitadinha básica”.

  4. Muitos escritores situam a sua história em locais reais. O mesmo acontece em filmes. Assim foi com a bíblia. Na altura era um drama de ficção, que explorava o desconhecido e o inexplicável. Até aposto que existiram peças teatrais na época sobre a bíblia.

  5. 18. Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça humana,
    19. pois o que de Deus se pode conhecer é evidente entre eles, porque o próprio Deus lhes manifestou.
    20. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido observados claramente, podendo ser compreendidos por intermédio de tudo o que foi criado, de maneira que tais pessoas são indesculpáveis;
    21. porquanto, mesmo havendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças; ao contrário, seus pensamentos passaram a ser levianos, imprudentes, e o coração insensato deles tornou-se em trevas.
    22. E, proclamando-se a si mesmos como sábios, perderam completamente o bom senso
    23. e trocaram a glória do Deus imortal por imagens confeccionadas conforme a semelhança do ser humano mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.
    24. Por esse motivo, Deus entregou tais pessoas à impureza sexual, segundo as vontades pecaminosas do seu coração, para degradação de seus próprios corpos entre si.
    25. Porquanto trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram objetos e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém!
    26. E, por essa razão, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza.
    27. De igual modo, os homens também abandonaram as relações sexuais naturais com suas mulheres e se inflamaram de desejo sensual uns pelos outros. Deram, então, início a sucessão de atos indecentes, homens com homens, e, por isso, receberam em si mesmos o castigo que a sua perversão requereu.
    28. Além do mais, considerando que desprezaram o conhecimento de Deus, Ele mesmo os entregou aos ardis de suas próprias mentes depravadas, que os conduz a praticar tudo o que é reprovável.
    29. Então, tornaram-se cheios de toda espécie de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão empanturrados de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros,
    30. caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; vivem criando maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais;
    31. são insensatos, desleais, sem amor e respeito à família, sem qualquer misericórdia para com o próximo.
    32. E, apesar de conhecerem a justa Lei de Deus, que declara dignos de morte todas as pessoas que praticam tais atos, não somente os continuam fazendo, mas ainda aprovam e defendem aqueles que também assim procedem.
    (Romanos, 1)

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