Estónia, o país mais digital do mundo, pesca programadores em Portugal

A Estónia, considerado o país mais digital do mundo, está à procura de programadores informáticos para reforçar as suas startups. E os portugueses são alguns dos mais apetecidos pelos estónios.

A explosão digital na Estónia atinge cada vez mais níveis estratosféricos e, de maneira a acompanhar esse fenómeno, as startups estónias estão à procura de mais programadores informáticos no estrangeiro. Portugal está num restrito lote de países de origem.

A iniciativa Career Hunt 2019 parte do Governo estónio e procura atrair profissionais da área das Tecnologias da Informação, vindos de países como Portugal, Turquia, Hungria, Arménia, Geórgia e Brasil. O Observador refere que apenas os 25 melhores candidatos serão escolhidos.

Esses 25 programadores informáticos viajarão gratuitamente até à Estónia, onde passarão cinco dias a conhecer as 14 empresas líderes do setor. A iniciativa não é nova e já foi responsável pela contratação de oito programadores estrangeiros, que já trabalham no país.

A Estónia foi dos primeiros países a introduzir a identidade digital obrigatória. “O que a nossa experiência nos diz é que há dois marcos importantes: ter uma identidade digital e uma espinha dorsal de todos os sistemas de informação, que ajudem diferentes sistemas a comunicarem entre si. É uma espécie de camada base do nosso e-governo”, referiu o antigo primeiro-ministro da Estónia, Taavi Rõivas, em 2017.

Sede para empresas como o Skype, Veriff e Taxify, o número de funcionários de startups a entrar no país cresceu 26% para 3763 pessoas. O crescimento estrondoso do número de novos trabalhadores levou a certos problemas logísticos.

“Precisamos de centenas de cadeiras para os novos funcionários, mas até o IKEA dos vizinhos da Letónia e Finlândia podem apenas oferecer-nos um fornecimento semanal combinado de 20 cadeiras”, explicou Kaarel Kotkas, diretor da empresa de verificação online de identidade, Veriff.

Para além dos problemas mobiliários, os pedidos de t-shirts para os funcionários não têm tido resposta. A Veriff recorre à Reet Aus, marca de camisolas feitas de materiais sustentáveis e reciclados. No entanto, o seu diretor, Kaarel Kotkas, diz que “pode levar até sete meses para obter as t-shirts da Reet, já que a procura é muito alta”.

ZAP //

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