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Laranjas da África do Sul têm substâncias proibidas pela UE (mas estão à venda em Portugal)

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As laranjas da África do Sul têm mais de 50 substâncias ativas de produtos fitofarmacêuticos proibidos na União Europeia, de acordo com um estudo feito por uma instituição espanhola.

O estudo, realizado pela Unió de Llauradors — organização que reúne agricultores da Comunidade Valenciana —, identificou nas laranjas importadas da África do Sul substâncias ativas de mais de 50 produtos utilizados para eliminar pragas e doenças nas plantas, como inseticidas.

De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, as normas da União Europeia mandam que os produtos utilizados nas plantas sejam comprovadamente seguros para a saúde humana, havendo substâncias ativas consideradas inseguras e, por isso, estão proibidas.

Um dos produtos encontrados foi o paraquat, herbicida que afeta os intestinos, os rins e o coração. Também foram descobertos vestígios de azinfos-metilo, uma substância proibida pela União Europeia por ser um inseticida tóxico para os animais.

A organização agrária que realizou o estudo apela a que seja suspensa a venda das laranjas importadas da África do Sul, por colocarem em risco a segurança alimentar e representarem “um possível risco para os consumidores”.

De acordo com o Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares, a África do Sul é o principal fornecedor extra-comunitário de frutas e hortícolas frescas da União Europeia, tendo essas importações representado em 2016 1,63 milhões de euros.

“As frutas representaram 99% do valor da importação da União Europeia procedente de África do Sul”, segundo explica o mesmo organismo, acrescentando que os citrinos lideram essa lista de produtos, representando 601 milhões de euros.

De acordo com a base de dados europeia de relações económicas, em 2017, Portugal importou da África do Sul 66,3 mil toneladas de laranjas, o que representa um gasto de 51,5 milhões de euros.

Em Portugal, segundo o Observador, uma pesquisa pelas páginas dos principais hipermercados mostra que as laranjas com origem na África do Sul são vendidas na maioria das superfícies do país.

ZAP //

9 Comments

  1. Que nojo…
    É mesmo necessário importar laranjas da África do Sul, quando temos laranjas soberbas no nosso país, especialmente as laranjas do Algarve?!…
    Comprem o que é nosso! Prefiram o que é português, temos imensa qualidade!

  2. Exportam-se laranjas ao preço de miséria porque exportar é que é bom e há ajudas para tudo. E depois têm-se de importar para abastecer o mercado nacional

  3. Mas, nós que devia-mos fazer este controlo, a todos os produtos, pelo menos os que vem de fora da Europa, não faz, e infelizmente, o portuga só gosta mesmo do que lhe faz mal. depois queixa-se que aparece com cancro e sei lá que mais. É bem feito. Se analisarem abacaxis, também irão encontrar o mesmo, mas neste caso serão mesmo injectados com uma substância que ao fim de algum tempo os deixa rosados por dentro. Já os encontrei.

  4. Se for para multar uma pequena loja/empresa, aparece logo a asae.
    E nisto? Onde estão eles?
    E realmente, não há boas laranjas cá? E quem diz laranjas, também diz outros produtos importados.
    Por isso, quando vou ao supermercado, regra geral, se for lá de fora, não compro.

  5. Não entendo.
    Temos os produtores nacionais a abandonar o cultivo, por falta de escoamento do produto.
    Homens da política, observem o que se passa na nossa vizinha Espanha.
    Muito havia a dizer, mas vamos ficar pelas laranjas.

  6. É fácil perceber o negócio. Aos produtores nacionais são impostas medidas adequadas para produção e controlo dos respectivos produtos e bem, mas os produtos importados teem que respeitar as regras do país de origem e não o do país de destino, sendo assim, como os países de origem não têm regras. Os importadores estão à vontade para pôr tudo no mercado porque não necessitam de cumprir as normas do país de destino. Os produtores nacionais ficam lixados porque têm maiores custos de produção e não podem concorrer com esse veneno que é vendido legalmente. O preço do mercado cai, os produtores ficam com as frutas desvalorizadas e os consumidores comem o veneno que vem de fora e o grande capital enche os bolsos. Não falei do preço da mão de obra desses países, por ser claro para todos.

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