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Depressão pode ser tratada com a ajuda de eletricidade

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Uma equipa de investigadores comprovaram que a estimulação elétrica do cérebro pode ser um método eficaz para tratar a depressão.

Durante o estudo, cujas conclusões foram publicadas a 29 de novembro na revista Current Biology, os investigadores da Universidade da Califórnia observaram o estado de 25 pacientes com epilepsia, diagnosticados com diversos graus de depressão: de leve a grave.

Os participantes receberam estimulações elétricas no cérebro e a sua mudança de humor foi controlada por um questionário especial.

Usar a eletricidade para estimular as regiões afetadas do cérebro provou ser uma terapia eficaz para o tratamento de algumas formas de epilepsia e da doença de Parkinson, mas os esforços para desenvolver a estimulação cerebral terapêutica para a depressão até agora não foram conclusivos.

Os esforços anteriores concentraram-se na estimulação de regiões profundas do cérebro dentro do córtex cingulado e gânglios basais que são conhecidos por desempenharem um papel direto no processamento emocional, mas pouco de sabe sobre as funções reguladoras da emoção no córtex orbitofrontal, uma pequena região na superfície inferior do cérebro, localizada acima dos olhos.

“Descobrimos que a estimulação unilateral do córtex orbitofrontal lateral produziu uma melhoria aguda e dependente da dose nos pacientes com depressão”, indica o estudo. Conforme detalhado pela National Public Radio, o efeito do procedimento desapareceu pouco depois.

“Quanto mais sabemos sobre a depressão ao nível dos circuitos cerebrais, mais opções podemos oferecer aos pacientes como tratamentos eficazes com baixo risco de efeitos colaterais”, disse Helen Mayberg em um comunicado no site da universidade. “Talvez se percebermos como é que os circuitos emotivos correm mal, um dia poderemos ajudar o cérebro a ‘desaprender’ a depressão”.

ZAP // RT / NPR

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