Quanta pressão exerce a luz sobre a matéria com a qual interage? Este é um problema que perseguiu e confundiu cientistas durante quase 150 anos – e agora pode ter sido encontrada uma solução. Uma equipa de físicos desenvolveu um método para medir o efeito de um fotão sobre a matéria.
No mundo que nos rodeia, o impacto que os corpos em movimento exercem uns sobre os outros é determinado, de acordo com a física newtoniana, pela quantidade de movimento que esses corpos possuem, isto é, o valor da sua massa multiplicado pela sua velocidade.
Em teoria, o fotão – seja ele uma partícula ou uma onda – não tem massa, pelo que o impacto físico que a luz exerce sobre os corpos deveria ser nulo.
Mas mesmo que o fotão não tenha massa, tem momentum, ou momento físico, tal como é definido no campo da Teoria da Relatividade. E esse momentum exerce uma força.
Para perceber o fenómeno, temos que recuar até 1619, quando a pressão exercida pela luz foi formulada como hipótese. No seu tratado De Cometi, o matemático e astrónomo alemão Johannes Kepler – figura chave da revolução científica no século XVII – destacou que a luz do Sol exercia uma determinada pressão e, esta era a razão pela qual a cauda de um cometa sempre se afastava do Sol.
Só mais tarde, em 1873 é que o físico escocês James Clerk Maxwell formulou que a pressão da luz estava ligada ao momentum, no seu trabalho intitulado Um Tratado sobre Eletricidade e Magnetismo.
Clerk Maxwell, cujo trabalho forneceu bases críticas para o trabalho de Einstei sobre a relatividade – supôs que a luz é uma forma de radiação eletromagnética que carrega o momentum e, portanto, exerce pressão.
Contudo o momentum – e, consequentemente, a pressão da radiação de um fotão – é infinitamente pequeno, sendo assim extremamente complicado medi-lo diretamente.
“Até ao momento, não tínhamos determinado como este momentum é convertido numa força ou num movimento”, explicou o engenheiro Kenneth Chau, da University of British Columbia Okanagan Campus, no Canadá.
“Como a quantidade de momentum transportada pela luz é tão pequena, não tínhamos equipamentos sensíveis o suficiente para resolver esta questão”, sustentou.
As nossas capacidades tecnológicas atuais ainda não são sensíveis o suficiente para detetar diretamente o momentum de um fotão. No entanto, Chau e a sua equipa de investigadores do Brasil e da Eslovénia, descobriram uma forma de avaliar os efeitos fenómeno.
A equipa desenvolveu um dispositivo completamente isolado, de forma a impedir que a experiência recebesse interferências externas, que dispara feixes de luz sobre um espelho.
Quando os investigadores disparam pulsos de laser para o espelho, são enviadas ondas elásticas que se movem através da sua superfície. Estes movimentos são detetados e medidos pelos sensores acústicos de alta sensibilidade – ou seja, faz-se a medição da pressão dos fotões indiretamente.
“Nós não podemos medir diretamente o momentum do fotão por isso, a nossa abordagem incidiu em detetar o seu efeito num espelho, ‘ouvindo’ as ondas elásticas que o atravessaram”, afirmou Chau.
“Conseguimos rastrear as características destas ondas que vêm do momentum que está no próprio pulso de luz, o que abre a porta para finalmente definir e modelar como a luz do momentum existe dentro dos materiais”, prosseguiu.
Aplicações práticas
A descoberta, publicada nesta terça-feira na revista Nature, não só é incrível para a a Ciência – pode mesmo ter importantes aplicações práticas imediatas.
A primeira aplicação passa por melhorar a tecnologia das velas solares, um dos métodos de propulsão mais promissores para enviar sondas para o espaço. Poderia também permitir criar melhores pinças óticas, um método de capturar e manipular partículas incrivelmente pequenas – até à escala de um único átomo.
“Ainda não chegámos lá”, concluiu Chau, mas “a descoberta nesta investigação é um passo importante e estou animado para ver até onde nos leva”, concluiu.
ZAP // Science Alert
Eu tenho algumas dúvidas em relação ao mágnetismo, conhecemos como uma força atrativa ou repulsiva, derivada de forma natural ou criada, por um simples imã, elétrica ou nuclear, minha dúvida é a seguinte, esse campo mágnetico, não pode ser matéria exalada por esses tipos de materiais ou de forma de campo elétrico, por exemplo o imã gera um campo mágnetico, invisível, mas essa força o que é?, apenas um fenômeno?!, não é algo como exemplo= Matéria escura, pois já descobrimos, que o universo não é só vácuo, pois boa parte dele tem Matéria que mantém a forma do universo como é, segurando as galáxias, planetas em geral, o magnéticos e campos gravitacionais não são Matéria exalada por uma fonte de Energia, magnétimos, energia magnética, interessante talvez para usos futuros em naves espaciais, algo deve existir nesse campo mágnetico, a luz é uma partícula e onda, se o magnétimo é apenas força, devemos relacionar a alma, como os antigos já falavam, o ar é invisível, mas ali tem muita coisa, fica o pensamento que tive, deve ter alguma coisa ali, o que realmente é o magnetismo, não pode ser apenas uma forca, pois ela serve como escudo terrestre, repelindo partículas derivadas do sol e do universo, resumindo acredito que o magnetismo é matéria exalada por tipos de átomos específicos, igual a radiação