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Anthony Wright passou 25 anos preso injustamente. Agora vai receber 10 milhões

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(dr) Innocence Project

Anthony Wright passou 25 anos preso pela violação e homicídio de uma mulher, crimes que não cometeu e dos quais foi acusado injustamente

O norte-americano passou 25 anos na prisão, acusado da violação e homicídio de uma mulher de 77 anos. Vestígios de ADN provaram que era inocente e, por isso, vai agora receber 10 milhões de dólares de indemnização.

De acordo com o Innocence Project, organização que investiga condenações suspeitas, Anthony Wright esteve 25 anos na prisão porque, em 1991, foi acusado da violação e assassinato de Louise Talley, a sua vizinha de 77 anos, na Filadélfia, Estados Unidos.

Em 2016, a organização fez força para que este caso fosse novamente investigado e, analisadas as provas de ADN, foi confirmada a sua inocência. Os vestígios encontrados pertenciam a Ronnie Byrd, um criminoso com o dobro da sua idade que morreu na prisão.

Na altura, as autoridades afirmaram que, apenas 14 minutos de ter sido detido, Wright confessou os crimes de forma voluntária. No entanto, o norte-americano, com 20 anos na época, sempre alegou a sua inocência e testemunhou que assinou a alegada confissão porque os polícias que o interrogaram o ameaçaram com agressões.

No primeiro julgamento, Wright escapou por pouco à pena de morte por um voto de sete a cinco do júri. Desde 2016 que o norte-americano está em liberdade, podendo estar finalmente na companhia da família.

Entretanto, o homem, agora com 45 anos, decidiu avançar com um processo contra a cidade de Filadélfia e os polícias reformados, escreve a Sábado. A autarquia informou, esta quarta-feira, que chegaram a um acordo para evitar julgamento.

Wright vai receber dez milhões de dólares de indemnização, cerca de 8,5 milhões de euros. “O senhor Wright demonstrou grande dignidade ao longo deste processo, e espero que esta resolução lhe dê a ele e à família o que precisam depois do que passaram”, afirmou Jim Kenney, agora Presidente da Câmara, citado pela revista.

“Apesar de nunca ter de volta os 25 anos de vida que passei na prisão por crimes que nunca cometi, o tempo que não passei com a minha mãe antes da morte dela ou com o meu filho enquanto ele crescia, estou aliviado por poder agora avançar com a minha vida”.

“Pelo bem dos meus netos, acredito que Filadélfia vai tomar passos para se assegurar de que o que aconteceu comigo nunca ocorrerá aos meus netos nem a outra criança”, disse.

ZAP //

8 Comments

  1. Este teve sorte!.. apesar do azar!.. mas com os movimentos feministas vao haver cada vez mais homens presos e condenados injustanente!.. ate ja querem mudar o ônus da prova e nao ser alguem a provar a culpa do outro.. e sim a ser o acusado a ter de provar a sua inocência.. vao haver mts condenações de inocentes!.. mas faz parte da ditadura feminista que o ocidente atravessa.. os homens que nao acordem!..

  2. Quando comecei a ler o artigo e antes de ver a foto pensei: mais um desgraçado de um negro. Lamentavelmente acertei

    • Nesta história.
      Noutros casos de erros de justiça nos EUA, já houve pessoas condenadas injustamente, oriundas de todas as raças.

      • É uma possibilidade.
        No entanto alerto que nos EUA, está estatisticamente provado que os negros cometem a maioria dos crimes violentos, sendo também responsáveis pela esmagadora maioria dos homicídios.
        Por isso, falando no campo das hipóteses, aumenta a possibilidade de erro do sistema de justiça perante um réu de raça negra. No entanto, tal não serve nem deve servir para esconder os dados factuais da realidade daquele país.
        Todo o homem é livre de escolher o que quer fazer com a sua vida, mas a sua liberdade está limitada ao contorno das leis da sua sociedade.
        Se não houvesse justiça naquele país, ou se se tratasse de um país/sistema racista, o erro não seria reconhecido e o homem não seria libertado, nem muito menos indemnizado.

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