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“A revolução tem sido seletiva”. Filha de Woody Allen lamenta que o pai não seja condenado

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David Shankbone / Flickr

Soon-Yi Previn e Woody Allen

Dylan Farrow, a filha adotiva de Woody Allen que o acusa de abuso, não compreende por que o pai continua a trabalhar na indústria cinematográfica.

Em 2014, muito antes do movimento #MeToo ter aparecido, Dylan Farrow, filha adotiva de Woody Allen, revelou que o pai tinha abusado sexualmente dela quando tinha apenas sete anos.

Embora fale em “revolução”, referindo-se ao que tem acontecido no mundo do cinema, com o movimento #MeToo, Dylan Farrow diz tratar-se de uma “revolução seletiva“, num artigo de opinião publicado no Los Angeles Times.

Isto porque, passados cerca de quatro anos desde que Farrow denunciou os alegados abusos sexuais que sofreu por parte do cineasta, numa carta aberta publicada no The New York Times, Woody Allen continua a assinar contratos, não tendo sido afastado da industria cinematográfica.

Ao contrário do que aconteceu com outros profissionais da área acusados de assédio sexual, o escritor e cineasta continua a trabalhar com atrizes e atores de topo. O realizador sempre negou as acusações da filha adotiva, não chegando sequer a ser julgado.

Segundo o Diário de Notícias, Dylan Farrow critica a atitude da maior parte das estrelas de Hollywood por ignorarem os alegados abusos de Woody Allen. “Quando eu tinha sete anos, Woody Allen levou-me para o sótão, longe das amas que tinham instruções para nunca me deixarem sozinha com ele”, conta a filha no seu mais recente artigo.

A filha do cineasta questiona-se por que é que o pai não é afastado da indústria, como Harvey Weinstein ou Kevin Spacey. Em vez de ser afastado, Woody Allen assinou “um acordo multimilionário com a Amazon, com a aprovação de Roy Price, executivo da Amazon Studios”, refere Farrow, agora com 32 anos.

Mas Farrow não se fica por aí. Destaca, ainda, algumas mulheres que apoiam o movimento #MeToo mas que, no caso de Woody Allen, preferem não se pronunciar sobre o assunto. É o caso de Blake Lively, que condenou os comportamentos de Weinstein mas considera “perigoso” falar sobre assuntos dos quais não há factos, conforme escreve o DN.

“Não é só o poder que permite que homens acusados de abusos sexuais mantenham as carreiras e segredos. É também a nossa escolha de ver coisas simples como complicadas e conclusões óbvias como um caso de ‘quem poderá dizer?’. O sistema resultou para Harvey Weinstein durante décadas. Ainda resulta para Woody Allen”, conclui Farrow.

ZAP //

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3 Comments

  1. O lobby Judeu, nos Estados Unidos… Tem uma força tremenda. Mas já para o proteger, Steven Spielberg já veio defender as FemiNazis… Da pior maneira: Veio atacar a legítima carta aberta de Catherine Deneuve. Uma carta que defendia o combate aos crimes de abuso sexual os quais apenas distinguia do inofensivo cortejo de mulheres ou da simples, natural e legítima tentativa de sedução.

    Mas o que se pode esperar quando a sociedade caminha para uma realidade asséptica de sexo virtual, relações internetianas e outras aberrações e distorções daquilo que é a natureza humana. Esta caça ao homem e à masculinidade (não confundir com machismo/chauvinismo) o resultado da força conjunta de LGBT com mal-amadas e mal-resolvidas.

    • Nao percebo porque no trabalho as mulheres teem q ser “cortejadas” e “seduzidas” pelos colegas. Nao ha nada de inocente nisso e é constragedor para a mulher e inadequado. Porque nao conseguem tratar a mulher como o que ela é, uma colega de trabalho? Nao nos vejam como objetos !
      Os homens em Portugal então ui…acham que sao machos latinos irresistiveis e entao vao se fazer às mulheres e ai delas q nao os aceitem ! Sao logo difamadas pois nada pior q homem despeitado.
      Ate mesmo num bar, uma mulher nao pode estar no seu canto a tomar um copo que sempre vem um “engraçadinho “tentar a sua sorte…ganhem vergonha e deixem de incomodar quem nao quer ser incomodada ! Se a mulher quiser algo ela procura, da a entender ( e cuidado para nao interpretarem mal os sinais ), nao precisam estar constantemente a ” fazer se “. É exasperante alem de ridiculo !

  2. Não me levem a mal mas porque temos que acreditar em tudo o essa tal Dylan diz? Lendo a frase da dita “abusada” “Quando eu tinha sete anos, Woody Allen levou-me para o sótão, longe das amas que tinham instruções para nunca me deixarem sozinha com ele”..dá a impressão que o Woody será, eventualmente, um perito em dissimulação e camuflagem, qual Fantomas da vida real; conseguiu subtrair a criancinha a “diversas amas” e levá-la para um sotão de uma casa que deveria, no minimo, ser do tamanho do Palácio de Buckingham para poderem estar á “vontade” sem serem descobertos pelas “diversas amas”. Soa um cadinho a balofa e pouco verossímil.

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