O Benfica fechou da pior maneira a sua participação no Grupo A da Liga dos Campeões 2017/18, com a sexta derrota em outros tantos jogos. O 0-2 averbado em casa na recepção ao Basileia apenas confirmou o pior cenário, o da pior participação lusa na Champions.
Os “encarnados” realizaram uma exibição pálida, em especial a atacar, com muitos remates, mas muito poucos enquadrados, ao contrário dos suíços, que acertaram quase todos os seus disparos na baliza de Svilar. No total o Benfica sofreu sete golos do Basileia e não marcou nenhum – suíços seguem em frente.
O Jogo explicado em Números
- Péssimo arranque do Benfica que, aos cinco minutos, já perdia por 1-0, golo de Mohamed Elyounoussi, de cabeça, após cruzamento de Michael Lang da direita. Aos dez minutos de jogo os “encarnados” registavam 71% de posse de bola, mas nenhum remate, com os suíços a somarem dois, ambos enquadrados.
- O domínio benfiquista era notório, com 71% de posse aos 20 minutos, mas nenhum dos três remates nesta fase tinha a melhor direcção. Os três cantos contra nenhum do Basileia eram o detalhe mais positivo para os portugueses.
- Benfica melhor em tudo por volta da meia-hora de jogo: 68% de posse, 83% de eficácia de passe (fracos 68% dos suíços), quatro cantos contra nenhum do adversário e sete remates contra dois. A diferença estava mesmo na competência ofensiva, pois o Basileia enquadrou ambos os seus disparos e as “águias” nenhum.
- Primeiro remate enquadrado do Benfica apenas aos 37 minutos, por Seferovic. Nesta altura o Basileia tinha três disparos, todos com a melhor direcção. E perto do intervalo, nenhum benfiquista registava um rating igual ou superior a 5.5.
- Melhor ocasião da equipa portuguesa nos primeiros 45 aconteceu mesmo em cima do descanso, num canto da direita que deu cabeceamento perigoso de… Eliseu.
- Primeira parte muito pobre do Benfica, a nível individual e colectivo. As “águias” dominaram, com 65% de posse de bola, mas nunca conseguiram anular a vantagem madrugadora do Basileia.
- Os suíços remataram três vezes na etapa inicial, todas enquadradas, enquanto o Benfica fez 11 disparos e só ao nono enquadraram o primeiro de dois.
- O melhor em campo ao descanso era o autor do golo, Elyounoussi, que rematou duas vezes, ambas com boa direcção, e registou seis acções defensivas, duas delas bloqueios de remate – GoalPoint Rating de 6.9.
- Mais do mesmo no arranque da segunda parte. Nos primeiros 15 minutos após o descanso os benfiquistas chegaram aos 73% de posse, quatro remates (mais uma vez nenhum enquadrado), 89% de posse de bola, mas nenhuma objectividade. Rui Vitória foi mesmo obrigado a lançar Jonas, aos 62 minutos.
- Mas aos 65 minutos, o Basileia ampliou, no primeiro remate que fez no segundo tempo. Após livre da esquerda, Manuel Akanji saltou mais alto e amorteceu para Dimitri Oberlin. Este, com um “salto de peixe”, cabeceou para o 2-0.
- Os ratings por volta dos 75 minutos eram o retrato desde Benfica, pálido a atacar. Os quatro jogadores com melhores números tinham todos características defensivas: Lisandro 6.1, Samaris 5.9, Douglas 5.8 e Jardel 5.6.
- Primeiro remate enquadrado do Benfica no segundo tempo aos 79 minutos, ao sétimo disparo, pertenceu a Zivkovic, um disparo fraco e à figura Tomás Vaclik. Tudo muito mau.
O Homem do Jogo
O avançado Elyounoussi fez o 1-0, foi o melhor na primeira parte e manteve a bitola no segundo tempo, terminando como MVP na vitória do Basileia por 2-0 no Estádio da Luz. O norueguês, que nasceu em Marrocos, enquadrou os seus dois remates, teve sucesso em três de seis tentativas de drible e, atrás, realizou três bloqueios de remate – num total de sete acções defensivas. Terminou com um GoalPoint Rating de 6.6.
Jogadores em foco
- Dimitri Oberlin 6.5 – O atacante já tinha bisado na goleada por 5-0 na Suíça e voltou a fazer o gosto ao pé… ou melhor, à cabeça. O jovem enquadrou os seus dois remates e terminou ainda com três desarmes.
- Lisandro López 6.5 – E o melhor do Benfica foi… um defesa. O central argentino foi dos mais interventivos do jogo, com 106 interacções com bola, e registou três remates, embora desenquadrados. Defensivamente esteve bem, com quatro de seis duelos aéreos ganhos, 14 recuperações de bola e oito acções defensivas.
- Douglas 6.2 – O rating de Douglas reflecte o que o brasileiro fez de bom no ataque, já que defensivamente esteve quase ausente. Portanto, olhando para os momentos ofensivos, Douglas teve 109 interacções com bola (o máximo do jogo), fez três passes para ocasião, sete cruzamentos (um eficaz), teve sucesso em três de quatro tentativas de drible e colocou oito vezes a bola na área contrária.
- João Carvalho 6.1 – O jovem médio teve a sua oportunidade e não desiludiu, embora não tenha sido decisivo. No final teve o registo mais alto de passes para finalização de bola corrida (quatro), tentou o drible seis vezes, duas vezes com sucesso, e foi eficaz em 87% dos passes que fez.
- Jardel 6.1 – O central foi dos menos culpados da derrota benfiquista, tal como Lisandro. Tentou o golo – dois remates, ambos desenquadrados -, foi quem mais passes certos realizou (87 em 91, ou seja, 96% de eficácia) e recuperou dez vezes a posse de bola.
Resumo
// GoalPoint