O bancos conseguiram multiplicar por 12 os lucros nos primeiros nove meses deste ano. Só a Caixa Geral de Depósitos continua com prejuízo, cenário que deve mudar já no próximo ano.
Os esforços dos bancos portugueses para recuperarem da crise e regressarem à rentabilidade estão a resultar. Segundo o ECO, em comparação com o mesmo período do ano passado, BPI, Santander Totta e BCP conseguiram multiplicar por 12 os lucros até setembro. O Novo Banco ainda não apresentou as contas e a CGD continua com prejuízos.
O Santander Totta surge em primeiro lugar no top dos lucros, com 331,9 milhões de euros até setembro. António Vieira, presidente do banco, afirma que “estes bons resultados decorrem do crescimento orgânico da nossa atividade, e do controlo de custos e do risco de crédito”. Este crescimento não conta com a integração do Popular, processo que ainda não está concluído.
Em segundo lugar está o BCP, que no ano passado tinha prejuízos de 251,1 milhões. Segundo revelou esta segunda-feira, o banco conseguiu passar de prejuízo a lucro, e conta com 133,3 milhões de euros até setembro.
O BPI é o banco com lucros mais baixos e o motivo é o Banco Fomento de Angola. O banco, liderado por Pablo Forero, fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 23 milhões de euros, fruto da desconsolidação contabilística do BFA, mas também por custos de reestruturação.
A Caixa Geral de Depósitos ainda está no vermelho, mas Paulo Macedo, presidente do banco estatal, garante que o regresso aos resultados positivos deve acontecer já no próximo ano. Porém, a instituição tem sido capaz de melhorar as contas trimestre a trimestre, graças sobretudo à diminuição das provisões.
O problema do malparado pesa agora menos na rentabilidade das instituições financeiras. BPI, Totta, CGD e BCP diminuíram para metade as provisões e imparidades para o crédito – o bolo passou de 1.397 milhões para 592,2 milhões de euros, segundo cálculos do ECO com base nas contas dos bancos.
Os rácios de capital têm vindo a dar sinais de melhoria. O Santander Totta é o que apresenta rácios mais elevados (CET1 de 16,6% e 16,5% no faseado e no totalmente implementado, respetivamente), mas o BCP e a CGD são os que revelam melhorias mais significativas deste indicador.
quando é que vamos começar a pagar outra vez os “buracos” dos bancos ?
Caso não tenha percebido, ainda estamos a pagar!!
Nós e boa parte dos contribuintes europeus, americanos, etc!