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V. Guimarães vs Benfica | Águia sobrevoa o Castelo

O Benfica igualou, à condição, o Sporting no segundo lugar da tabela ao vencer o Vitória de Guimarães por 3-1, no Minho. Os golos de Jonas, Samaris e Salvio deram às “águias” uma vantagem aparentemente confortável, que, ainda assim, não evitou alguns calafrios perante a reacção tardia do Vitória, que reduziu já perto do fim e desperdiçou ainda grande penalidade, já ao cair do pano.

O Jogo explicado em Números

  • Início de partida marcado por distúrbios nas bancadas, que levaram a uma prolongada pausa até ser restabelecida a ordem. A primeira oportunidade de perigo surgiu só aos 22 minutos, acabando por resultar no golo do Benfica, por Jonas, depois de um cruzamento letal de André Almeida, que foi servido na direita por Krovinovic. Por esta altura, o Benfica levava ligeira vantagem na posse de bola (55%-45%).
  • Aos 30 minutos do desafio, a baixa eficácia de passe era transversal às duas equipas: o Vitória acertara apenas 65% das suas entregas, o Benfica, 73%. Ainda assim, havia dois jogadores, ambos do Benfica, que contrariavam esta tendência. Eram eles Fejsa e Salvio, com 100% de passes certos. Hurtado liderava este capítulo na equipa vimaranense (75%), embora ainda só tivesse feito quatro passes.
  • À entrada para o período de compensação, o Vitória continuava sem fazer remates à baliza, enquanto o Benfica somava já três, da autoria de três jogadores diferentes (Jonas, Salvio e Diogo Gonçalves).
  • Ao intervalo, vantagem indiscutível do Benfica, a única equipa que tinha criado perigo junto da área contrária e aquela que mais posse de bola e melhor eficácia de passe tinha.
  • De salientar ainda o excessivo número de paragens, com 19 faltas ao todo durante os primeiros 45 minutos (embora nenhum cartão amarelo tenha sido mostrado). André Almeida e Fejsa surgiam à cabeça dos  GoalPoint Ratings, ambos com 6.2.
  • O defesa “encarnado” somava dois passes para ocasião (um deles resultante em golo), um drible eficaz, 45 toques e dois desarmes, enquanto o sérvio apresentava uma  eficácia de passe de 97%, a que acrescentava ainda seis recuperações de bola. Do lado do Vitória, o destaque ia para Jubal 5.7, com oito acções defensivas, incluindo cinco alívios.
  • Bom começo de segunda parte da equipa do Vitória, que fez os dois únicos remates veficados nos 20 minutos iniciais, ambos por Héldon. Durante este período, a equipa da casa teve ainda mais posse de bola (52%-48%) e mais pontapés de canto (4-1), obrigando o treinador do Benfica a colocar Samaris em campo na tentativa de conter a pressão exercida pela equipa minhota.
  • E foi precisamente dos pés do grego que saiu o golo da tranquilidade benfiquista. Na origem da jogada esteve Jonas, que descobriu Samaris no meio-campo, e este não desperdiçou na cara de Miguel Silva, depois de deixar Francisco Ramos para trás. O Benfica marcava no primeiro remate que fazia na segunda parte, depois de o Vitória já ter feito quatro disparos (nenhum à baliza).
  • Aos 79 minutos, o Benfica chegou ao 3-0, num golo de belo efeito de Salvio, que picou a bola sobra Miguel Silva. O extremo argentino, que foi assistido por Diogo Gonçalves, era o único jogador “encarnado” com mais do que um remate à baliza.
  • Tudo levava a crer que seria um fim de jogo tranquilo para o Benfica, mas o Vitória seguia um guião imprevisto. Aos 86 minutos, Rafael Martins, que entrara no decorrer da segunda parte, reduziu para 1-3 com um remate rasteiro de dentro da área, perante a pressão de Luisão. Nos descontos, Junior Tallo teve nos pés a oportunidade de fazer o 2-3, mas desperdiçou uma grande penalidade cometida por André Almeida, atirando por cima da baliza. O Vitória acabaria a partida com mais remates do que o Benfica (9-8), embora apenas um deles tenha sido enquadrado com a baliza, contra cinco das “águias”.

O Homem do Jogo

Jonas foi igual a si mesmo, letal e decisivo, ainda que numa função mais solitária na frente. Frente ao Vitória, o avançado brasileiro abriu caminho para o triunfo da sua equipa com um golo na primeira parte, acabando ainda por assistir Samaris, já no decorrer dos segundos 45 minutos.

A isto tudo há que somar ainda 46 toques, seis duelos ganhos em 12 disputados, três recuperações de bola e cinco faltas sofridas, uma delas em zona de perigo. Tudo visto e ponderado, Jonas deixa o D. Afonso Henriques com a nota mais alta nos  GoalPoint Ratings, 6.6.

Jogadores em foco

  • Fejsa 6.6 – Excelente exibição do ponto de vista defensivo. Falhou apenas quatro dos 50 passes que fez (eficácia de 92%), sendo feliz em nove das dez bolas longas que distribuiu. Recuperou a bola oito vezes, venceu três dos cinco duelos que disputou, e somou oito acções defensivas.
  • Rafael Martins 6.3 – Esteve 26 minutos em campo mas foi o mais rematador da partida, com quatro disparos, um deles para golo. Venceu os quatro duelos que disputou e sofreu uma grande penalidade.
  • Salvio 5.5 – Fez dois remates, ambos enquadrados, marcando um golo e desperdiçando uma ocasião flagrante. Arriscou por três vezes o drible, nenhuma delas com sucesso, e venceu apenas seis dos 22 dribles em que esteve envolvido. Perdeu a posse 26 vezes e foi desarmado em sete ocasiões.
  • Svilar 4.9 – Sofreu um golo sem ter feito qualquer defesa. Somou quatro alívios, uma recolha e duas saídas a soco.
  • Junior Tallo 4.3 – Falhou uma ocasião flagrante ao desperdiçar uma grande penalidade, no único remate que fez. Disputou 17 duelos, vencendo nove, e sofreu cinco faltas. Foi ainda apanhado em fora-de-jogo duas vezes.

Resumo

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