A biometria do futuro está aí, a bater à nossa porta. Investigadores da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema de segurança que autentica o utilizador rastreando o seu coração.
O novo sistema biométrico usa um radar Doppler que mede as dimensões do coração do utilizador, monitorizando também os seus batimentos cardíacos, de modo a criar um padrão único e individual. Ou seja, apenas o “dono” de um dado coração poderá desbloquear qualquer sistema que esteja protegido com esta tecnologia.
Segundo os autores da pesquisa, que vai ser apresentada na MobiCom 2017, a maior conferência de computação móvel do mundo, o radar funciona com cerca de 5 milliwatts de energia, gerando menos de 1% da radiação produzida pelos smartphones vulgares.
Um sistema com este tipo de biometria precisa de 8 segundos para rastrear o coração do utilizador pela primeira vez, e entre suas vantagens em comparação com a leitura de impressões digitais ou leitores de retina, está o facto de não exigir qualquer contacto do dispositivo com o corpo do utilizador.
Com este sistema, por exemplo, o utilizador deixa de precisar de se autenticar ou fazer logout, acções que são realizadas automaticamente assim que se posiciona em frente ao computador e quando sai das imediações da máquina.
Além da computação, a nova tecnologia pode ainda vir a ter aplicações práticas em outros campos – como os dispositivos móveis ou os equipamentos de segurança dos aeroportos.
Infelizmente, os utilizadores mais românticos deixarão de poder entregar o coração ao amor da sua vida – sob pena de ficarem para sempre impedidos de aceder ao seu computador.
// CanalTech / EurekAlert!