Um movimento contra o abandono de Trás-os-Montes está a ser criado em Varge, uma aldeia de Bragança, com o propósito de envolver os cidadãos na discussão dos principais problemas e de contrariar as políticas do poder central.
O Movimento Cívico Defender, Autonomizar e Rejuvenescer Trás-os-Montes (DART) pretende estender-se a outras localidades transmontanas, prevendo na sua atuação a discussão pública de grandes projetos e a elaboração e concretização de outros de menor dimensão com reconhecido interesse para a revitalização das aldeias e para a promoção da região”, como adiantou à Lusa um dos promotores, Francisco Alves.
“Inconformados com a desertificação, o abandono, o envelhecimento e o desrespeito a que desde sempre o Poder Central tem votado o Interior e, bem assim, a Sub-Região Alto Trás-os-Montes, um conjunto de transmontanos, de descendentes ou amigos de transmontanos, moradores permanentes ou temporários ou simplesmente pessoas que se afeiçoaram a Trás-os-Montes” decidiram constituir o novo movimento cívico que será apresentado publicamente na sexta-feira, na aldeia de Varge.
Os promotores entendem que “para o reforço da democracia falta o envolvimento dos cidadãos na discussão dos problemas públicos” e é essa participação cívica que se propõem impulsionar.
Francisco Alves afirmou à Lusa ter já a intenção de adesão de “70 pessoas, sobretudo jovens”, que tal como ele vivem fora da região.
Agora que se aposentou, continua dividido entre Lisboa e Bragança, mas com mais tempo para a aldeia de origem, Varge, a partir de onde pretende lançar esta nova dinâmica regional.
/Lusa