Um grupo de cientistas detectou “sinais misteriosos” de rádio vindos da Ross 128, uma estrela anã-vermelha que fica a apenas 11 anos-luz da Terra e tem brilho 2.800 vezes mais fraco que o Sol.
“Captamos um sinal que, dada a sua forma e a sua frequência, não conseguimos classificar como algo astronómico ou terrestre”, explicou à BBC Abel Mendez, diretor do Laboratório de Habitabilidade Planetária (PHL) da Universidade de Porto Rico.
Segundo o cientista, é bastante comum a detecção de sinais que inicialmente parecem estranhos, mas que acabam por ser identificados. No entanto, depois de analisar as ondas de rádio da Ross 128, a 12ª estrela mais próxima da Terra, nem os especialistas do PHL nem a equipa do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, conseguiram encontrar uma explicação.
Três hipóteses
Localizada na constelação de Virgem, a Ross 128 enviou, em maio, o que a equipa do PHL descreveu como “impulsos de banda larga que se repetiam de forma quase periódica”, segundo um comunicado.
Para os astrónomos, há uma série de hipóteses que podem explicar o mistério: as ondas podem ter sido originadas por explosões semelhantes às que ocorrem no Sol, ou podem ter sido emitidas por um objeto que está localizado perto da Ross 128. Há até a hipótese de que sejam decorrentes de vestígios de radiação da passagem de um satélite em órbita alta.
No entanto, os cientistas apontam problemas para cada hipótese, incluindo o fato de que os sinais só terem sido detectados na observação da Ross 128 e de não haver registo de um satélite que emita ondas como as detectadas.
Para aumentar o mistério, os sinais eram demasiado fracos para que outros radiotelescópios do mundo os conseguissem captar – o único com capacidade para isso, o FAST, da China, não está operacional.
Abel Mendez não descarta que o sinal possa ter origem alienígena, mas diz que a opção é a “última de uma lista de possíveis explicações”. E para Seth Shostak, astrónomo do Seti, o programa americano que procura vida extraterrestre, o mais provável é que Arecibo tenha captado uma interferência comum.
Em 1998, por exemplo, uma equipa de investigadores australianos anunciou ter captado sinais estranhos que durante anos intrigaram a comunidade astronómica, mas que em 2017 foram identificados como efeito colateral da fome e da pressa de funcionários do Observatório Parkes – que usavam o micro-ondas e, ao abrirem a porta, faziam com que a radiação fosse detectada pelo radiotelescópio.
Ainda assim, Shostak quer que as ondas de Ross 128 sejam investigadas. “Não podemos deixar de investigar um possível sinal alienígena só porque pensamos que é uma interferência”, destacou.
Apesar de não acreditar que o sinal tenha origem extraterrestre, a equipa do PHL está convencida de que vem dos confins dos espaço, porque as ondas de rádio captadas continham provas de um fenómeno conhecido como dispersão – uma “mistura” de frequências causada por partículas espaciais.
O mistério poderá ser desvendado em breve, já que no passado domingo Mendez e a sua equipa tiveram outra oportunidade de observar a anã-vermelha – e a análise de dados deverá estar concluída até o final da semana.
ZAP // BBC
Temos que inventar para ter sucesso de tudo se fala mas nada de concreto, o mistério não está ao alcance do homem
Envia daqui um sina a dizer …. “Epá recebemos cá a vossa mensagem. ok?” …. depois quilo vai a um descodificador para baratas e demora 8 anos a descodificar. Os tipos enviam nova mensagem e 30 anos depois chega a resposta que diz: “Não percebemos bem.. mas, as baratas ai comem o quê? .. Podem repetir novamente?”
Deve ser aí o Paraíso e como a estrela é anã e poucos são aqueles com direito ao paraíso por serem mal comportados, devem ter encontrado o local certo, pouco espaço para poucos clientes!