O Tribunal Penal de Rashid, no Egito, condenou hoje 56 pessoas a penas de dois a 13 anos de prisão pelo naufrágio de um barco que provocou a morte de 203 emigrantes em setembro passado, informou a agência MENA.
O tribunal considerou os condenados culpados de homicídio involuntário, fraude e negligência, além do uso de barco sem licença e de pôr em risco a vida de crianças.
O barco dirigia-se a Itália, para onde querem emigrar anualmente milhares de egípcios. O Egito tornou-se em 2016 o segundo ponto de partida de emigrantes que viajam ilegalmente para a Europa por mar, a seguir à Líbia.
Depois do naufrágio, as forças de segurança detiveram dezenas de pessoas, incluindo o dono do barco, a tripulação e traficantes.
Em outubro passado, quase um mês depois do naufrágio, o Parlamento egípcio aprovou uma lei contra a emigração ilegal e o tráfico de pessoas.
A nova lei castiga com penas de prisão e multas avultadas (entre 5.120 e 20.477 euros) “qualquer pessoa que cometa o crime de traficar, tenha intenção de o fazer ou de servir de mediador”.
// Lusa