Guatemala ordena expulsão do ‘barco do aborto’ e da sua tripulação

Esteban Biba / EPA

A activista holandesa Rebeca Gomperts e outros activistas, interpelados pela polícia marítima guatemalteca a bordo do "barco do aborto" da ONG Women on Waves

A activista holandesa Rebeca Gomperts e outros activistas, interpelados pela polícia marítima guatemalteca a bordo do “barco do aborto” da ONG Women on Waves

A Guatemala ordenou a expulsão do “barco do aborto” da organização não-governamental holandesa “Women on Waves”, que oferece serviços de aborto a mulheres de países em que o procedimento é ilegal.

Em comunicado, as autoridades de migração guatemaltecas indicaram que a expulsão estende-se à tripulação do navio-clínica operado pela ONG Women on Waves, que viaja pelo mundo oferecendo serviços de aborto a mulheres de países em que o procedimento é ilegal.

A legislação da Guatemala proíbe o aborto e permite ao governo expulsar estrangeiros com base na perceção de que estão em causa riscos para os interesses e segurança nacional ou pública do país.

Os militares da Guatemala impediram anteriormente o grupo de ir buscar mulheres ao porto de Quetzal, onde o navio-clínico se encontra, argumentando que estavam a cumprir as instruções do Presidente do país, Jimmy Morales, para não permitir essa atividade.

A porta-voz da “Women on Waves”, Leticia Zenevich, explicou antes que escolheram a Guatemala como o primeiro país para visitar na América Latina por causa da força que têm as suas organizações de mulheres.

Num comentário publicado num blogue, a organização diz estar a recorrer da ordem de expulsão, argumentando que não praticou qualquer ato ilegal.

// Lusa

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