Inspector da PJ acusado de desviar milhares de euros em notas das buscas a José Veiga

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Um inspector da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária foi acusado de ter desviado milhares de euros em notas, dinheiro apreendido em buscas efectuadas no âmbito do processo que implica o ex-dirigente do Benfica, José Veiga.

A acusação do inspector surgiu depois de uma denúncia anónima, conforme adianta o Jornal de Notícias, que revela que o arguido se encontra detido, em prisão preventiva, na cadeia de Évora. Enfrenta acusações pelos crimes de peculato, burla qualificada e falsificação de documentos.

O inspector “terá metido no bolso um maço de notas“, segundo atesta o JN, no âmbito de buscas efectuadas a 3 de Fevereiro de 2016 a uma moradia em Cascais. A acusação refere que o arguido “apoderou-se de parte de quantia monetária que tinha sido apreendida em tal busca, fazendo sua tal quantia”.

O JN nota que “o inspector já confessou o crime, declarando ter desviado entre 50 e 60 mil euros“. Contudo, o Correio da Manhã assegura que o elemento da Polícia Judiciária “desviou 400 notas de 500 euros num total de 200 mil euros“.

O dinheiro em causa foi apreendido no âmbito da operação “Rota do Atlântico” que implica o empresário José Veiga num alegado esquema de corrupção internacional, envolvendo supostos pagamentos de “luvas” em negócios de petróleo em África.

A residência onde decorreram as buscas pertence ao ministro das Finanças da República do Congo, Gilbert Ondongo.

O CM nota que a PJ encontrou “sete milhões, entre euros e dólares”, em “dois cofres na cave” da casa, dinheiro cuja propriedade ainda ninguém assumiu. Deste modo, não fosse a denúncia anónima, o inspector poderia ter-se safado com o crime perfeito.

ZAP //

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7 Comments

  1. Sempre a mesma história, isto já é uma situação recorrente!… Se o pessoal da Policia Judiciária quando for efectuar essas buscas começar a levar sempre uma câmara de filmar na cabeça, isso é capaz de acabar. Naquela Instituição por vezes há sempre coisas que são apreendidas e depois desaparecem: dinheiro, ouro, droga, telemóveis apreendidos, etc…enfim….

    • Agentes corruptos mantêm sempre aquela máxima para o móbil deste tipo de crime de usurpação, porque pensam que tratando-se de dinheiro de origem ilícita, ninguém vai depois dar conta do seu desaparecimento ou se atreve a ir apresentar queixar!

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