A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou a norma para a fibromialgia, que passa a reconhecer oficialmente a doença, que atinge mais de 300 mil pessoas, disse à Lusa a presidente da Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia (APDF).
A fibromialgia é uma síndrome dolorosa não-inflamatória, caracterizada por dores musculares, fadiga, distúrbios de sono, parestesias, edema subjetivo, distúrbios cognitivos e dor em pontos específicos sob pressão.
“Isto é muito importante, é um passo de gigante para mais de 300 mil doentes“, porque significa que “finalmente a fibromialgia está oficialmente reconhecida como uma patologia”, disse Fernanda Margarida Neves de Sá, presidente da APDF.
Na norma, publicada na terça-feira, estão inseridos “todos os pontos de diagnóstico, a forma como os doentes devem ser diagnosticados, acompanhados, e as bases científicas que levaram a DGS a elaborar esta norma”, com obrigatoriedade de cumprimento, explicou a responsável.
Agora, a norma vai ser enviada para “todos os centros de saúde, para todos os centros hospitalares” e todos os profissionais de saúde vão ter que a seguir.
A partir de agora, quando um médico disser que a fibromialgia não existe, o doente pode fazer participação à DGS, porque “é o incumprimento de algo que é obrigatório”, disse a presidente da associação.
Por outro lado, adiantou, o Ministério da Saúde estava a aguardar por esta norma para prosseguir o processo de “aceitação da resolução aprovada pela Assembleia da República”, e publicada em Diário da República em julho de 2015, que recomenda ao Governo a implementação de medidas pelo reconhecimento e proteção das pessoas com fibromialgia.
As estimativas apontam para que a fibromialgia possa atingir cerca de 2% da população adulta portuguesa, sendo que as mulheres são cinco a nove vezes mais afetadas do que os homens por esta doença que se inicia, em regra entre os 20 e os 50 anos.
ZAP // Lusa
Na notícia: -“Isto é muito importante, é um passo de gigante para mais de 300 mil doentes“, porque significa que “finalmente a fibromialgia está oficialmente reconhecida como uma patologia”, disse Fernanda Margarida Neves de Sá, presidente da APDF. – E o tratamento? E a cura? Também deve ser muito importante para mais de 300 mil doentes.