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Cientistas descobrem anticorpo que pode retardar o Alzheimer

(dr) baycrest.org

Resultados de uma Ressonância Magnética Nuclear ao cérebro de um doente com Alzheimer

Um estudo realizado por investigadores da Suíça revelou um anticorpo que é capaz de reduzir as placas amilóides que se agrupam no cérebro de doentes com Alzheimer, que podem ser a causa da neuro-degeneração.

O aducanumab, um anticorpo desenvolvido pela empresa biotecnológica Biogen, ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento, mas já demonstrou resultados promissores.

Os investigadores administraram o anticorpo aos pacientes durante 54 semanas e, especialmente nos que receberam as doses mais elevadas, foi registada uma redução significativa na quantidade de proteína beta-amilóide presente no cérebro.

As placas amilóides são proteínas que se agrupam em depósitos no cérebro, bloqueando os neurónios e provocando a doença de Alzheimer.

O estudo, publicado na revista Nature, foi feito apenas em 165 pessoas com degeneração cognitiva – pelo que os resultados têm de ser analisados com cuidado – mas os investigadores garantem que a forma como o Alzheimer é prevenido e tratado, irá mudar de forma importante.

“Um dia, poderemos tratar as pessoas que ainda não têm sintomas, porque alguém que já tenha as proteínas amilóides no cérebro tem bastante probabilidade de desenvolver Alzheimer”, destacou o responsável da empresa Biogen, Alfred Sandrock, citado pela BBC.

O diretor de investigação da Alzheimer’s Society, James Pickett, afirmou que a parte mais interessante do estudo é que a amiloide foi “limpa” do cérebro das pessoas que ingeriram doses mais elevadas do medicamento.

“Não há tratamentos existentes para a doença de Alzheimer que interferem diretamente com o processo da doença. Assim, um medicamento que realmente retarda o progresso do Alzheimer, limpando as amilóides do cérebro, seria um passo significativo”, adiantou.

A comunidade médica está confiante com a nova descoberta, principalmente porque o último medicamento aprovado para o tratamento do Alzheimer surgiu há mais de dez anos.

Os cientistas pretendem, agora, realizar uma terceira fase do estudo, submetendo 2.700 pessoas em fase inicial de Alzheimer a vários testes com aducanumab.

BZR, ZAP

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