Um estudo recente prevê que quase metade da população mundial vai ter de usar óculos até 2050, fenómeno provocado pelo constante uso de aparelhos tecnológicos.
Não é novidade para ninguém que a tecnologia trouxe uma poderosa evolução ao longo dos últimos anos. Porém, esse mesmo avanço também tem causado alguns problemas que nos afetam diretamente.
Além de antecipar algumas doenças ou causar outras complicações em idades mais avançadas, a tecnologia tem vindo a ser relacionada com vários problemas de saúde.
A prova disso mesmo é, por exemplo, a visão que, segundo um novo estudo, será uma das mais afetadas e que tende a piorar nas próximas décadas.
De acordo com uma nova investigação, publicada recentemente no Opthalmology Journal, até 2050 cerca de 4,8 mil milhões de pessoas vai ser obrigada a usar óculos – quase 50% da população mundial.
O relatório indica que a maioria das pessoas vai sofrer de alguma deficiência visual, resultado de uma forte exposição aos ecrãs de aparelhos tecnológicos, tal como smartphones, tablets e computadores.
Para termo de comparação, em 2010, o número de pessoas com problemas visuais – a maioria com miopia – era de aproximadamente 2 mil milhões, ou seja, 28,3% de todos os habitantes do planeta.
Segundo os investigadores, isto acontece devido a “fatores ambientais”, sobretudo, por mudanças na vida das pessoas “que resultaram na redução do tempo ao ar livre e no aumento de atividades próximas ao trabalho”.
Os pontos do globo que mais devem sofrer com estas doenças são países desenvolvidos, principalmente os do continente europeu, norte-americano e asiático.
Em contrapartida com este estudo, uma outra pesquisa liderada pela Ohio State University, nos Estados Unidos, diz que “não existe nenhuma associação” entre o tempo passado em frente aos ecrãs e estes problemas visuais.
Segundo Karla Zadnik, reitora da universidade e principal responsável pela pesquisa, foram analisados diferentes perfis em mais de 4500 crianças nos últimos vinte anos e em nenhuma foi constatada essa relação.
O único consenso entre os dois estudos é de que as crianças que passam mais tempo ao ar livre têm menos hipóteses de desenvolver miopia, apesar de ainda não ter sido detetado o que provoca exatamente esse fenómeno.
ZAP / Canal Tech