As Filipinas deportaram, esta quinta-feira, quase 200 cidadãos chineses, detidos durante uma rusga a um presumível negócio de tráfico sexual e de burla online em Manila, a capital do país.
180 cidadãos chineses foram deportados das Filipinas, por alegado tráfico de seres humanos, informaram esta quinta-feira as autoridades locais.
Cidadãos chineses, coreanos, vietnamitas e filipinos encontravam-se entre as cerca de 600 pessoas encontradas num edifício de Manila durante a operação realizada em outubro.
De acordo com a agência Lusa, foram descobertos brinquedos sexuais, um salão de massagens, salas de karaoke e um restaurante, no edifício explorado por uma empresa licenciada como firma de jogos online.
Várias mulheres “foram resgatadas” durante a rusga, adiantou a polícia.
Os chineses deportados não tinham autorização de trabalho e estavam “envolvidos em fraudes online”, disse o subsecretário da Comissão Presidencial de Combate ao Crime Organizado, Gilberto Cruz.
Outros estrangeiros detidos durante a rusga serão deportados nas próximas semanas, acrescentou.
A senadora filipina Risa Hontiveros já tinha alertado para a existência de “centros de atendimento fraudulentos” a operar nas Filipinas e que empregam estrangeiros vítimas de tráfico de seres humanos no país.
A comunidade internacional está preocupada com o ressurgimento de fraudes na Internet na região da Ásia-Pacífico, que dependem de vítimas de tráfico, forçadas em particular a promover falsos investimentos em criptomoeda.
No relatório deste ano sobre tráfico de seres humanos, o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA) alertou que as Filipinas “não investigaram nem processaram vigorosamente os crimes de tráfico de mão de obra”, ocorridos no país.
“A corrupção e a cumplicidade oficial nos crimes de tráfico continuam a ser preocupações significativas”, de acordo com o documento.
// Lusa