Descoberta em França, onde o primeiro achado no local foi em 1873. “Não há “equivalente em toda a Europa”, garante investigador.
Arqueólogos no nordeste da França fizeram uma descoberta revolucionária no local de Marais de Saint-Gond, desenterrando vestígios de um assentamento neolítico permanente.
Esta descoberta surge exatamente 150 anos após a primeira descoberta de sílex na área, foi saudada como a peça final para entender a história antiga da região.
Remi Martineau, um investigador do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) em França, e sua equipa descobriram a aldeia durante as escavações deste verão, partilha o portal Arkeonews.
O local já revelou 15 grandes minas de sílex em 450 hectares, juntamente com 135 câmaras subterrâneas conhecidas como hipogeu.
Além disso, cinco vielas cobertas por megalitos, dez polidores de machados e evidências de campos cultivados através de queimadas controladas foram descobertos ao longo do último século e meio.
Esta descoberta recente é particularmente significativa, pois oferece uma nova perspectiva sobre a organização económica, social e territorial da era neolítica.
Martineau enfatizou a singularidade do assentamento, afirmando que “não há equivalente em toda a Europa”.
A aldeia foi localizada perto de Val-des-Marais, a cerca de 136 quilómetros de Paris. Apresenta um recinto pré-histórico que circunda uma colina, cobrindo uma área estimada de um hectar.
Os arqueólogos identificaram uma vala para a instalação de uma paliçada, uma grande lixeira com aproximadamente 20 metros de diâmetro e poços. Tudo aponta para um assentamento bem estruturado.
Entre os artefatos desenterrados está um notável objeto de madrepérola, que se julga ser uma forma inicial de botão, construído há 3.400 anos, sensivelmente. Martineau descreveu essa “peça de museu” devido à sua excelente condição e ao seu significado histórico.