Antigo primeiro-ministro foi assassinado no dia 4 de Novembro de 1995. Recusava usar colete à prova de bala porque acreditava que nenhum israelita o iria atacar. Mas Yigal Amir atacou.
Neste sábado, 4 de Novembro, assinalam-se 28 anos da morte de Yitzhak Rabin.
Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém em 1922. Depois de estudar numa escola de agricultura, começou a sua carreira militar e assumiu várias funções de chefia, incluindo durante a Guerra dos Seis Dias.
Deixou a vida militar em 1968, foi nomeado embaixador de Israel nos EUA, onde teve papel importante na relação entre os dois países.
Cinco anos depois, regressou à política em Israel e passou a ser Ministro do Trabalho no Governo liderado por Golda Meir.
Rapidamente passou a primeiro-ministro, cargo que ocupou entre 1974 e 1977 e, mais tarde, entre 1992 e 1995. Pelo meio, foi ministro da Defesa durante vários anos.
Rabin estava a negociar a paz com Yasser Arafat, líder da Autoridade Palestiniana. Assinou, por exemplo, os Acordos de Oslo e um tratado de paz com a Jordânia.
Aliás, Yitzhak Rabin, Yasser Arafat e Shimon Peres receberam o Prémio Nobel da Paz em 1994, precisamente pelas tentativas de paz entre Israel e Palestina.
No dia 4 de novembro de 1995, o então primeiro-ministro Yitzhak Rabin discursou na Praça dos Reis, actual Praça Yitzhak Rabin, em frente a 100 mil pessoas que pediam paz, em Tel Aviv.
As pessoas que o rodeavam, as mais próximas, queriam que Rabin utilizasse um colete à prova de bala – o primeiro-ministro recusou sempre porque não acreditava que um dos seus (um israelita) o atacasse.
Mas nesse dia 4 de Novembro de 1995, logo a seguir à manifestação, foi baleado. Dois tiros nas costas. Era um sábado, dia sagrado para os judeus.
O crime foi cometido pelo então estudante Yigal Amir, ligado a um grupo de extrema-direita israelita. Agiu sozinho, em nome de Deus e não se arrependeu. Foi condenado a prisão perpétua.
Yitzhak Rabin ainda foi transportado para o hospital mas não resistiu aos ferimentos. Morreu aos 73 anos.
Essas últimas horas de vida do líder israelita até originaram o filme O Último Dia de Yitzhak Rabin.
A sua morte foi um choque em praticamente todo o mundo. Dois dias depois, o funeral contou com a presença de milhares de pessoas. Entre elas Bill Clinton, Hosni Mubarak e o rei Hussein da Jordânia – pela primeira vez, os muçulmanos estavam em Israel.
Esta recordação surge numa fase em que muitos analistas e comentadores (e talvez líderes políticos, mas sem o dizerem publicamente) dizem que, se o líder político de Israel fosse Yitzhak Rabin (ou Shimon Peres, ou Golda Meir) hoje, a situação em Gaza não estava como está. Nem teria começado.
Sim, se hoje Rabin, ou Peres ou Meir fosse o líder de Israel, talvez a situação em Gaza não estivesse como está. Mas os seres humanos mudam e fazem mudar os tempos…
A aparente razão de Israel, relativamente ao ataque terrorista de que foi alvo no dia 7 do passado mês, desvaneceu-se depressa. Netanyahu não soube preservá-la.
Foi uma grande perda e infelizmente Netanyahu pela sua ligação aos ortodoxos e também pelos seus problemas com a justiça e que foram amplamente divulgados, distraiu a segurança israelita ou usando um pouco da teoria da conspiração esperou um ataque do Hamas como os anteriores e assim desviava as atenções sobres os seus problemas, porém enganou-se redondamente e as consequências estão à vista. Não é explicável a demora na reação a este ataque permitindo este massacre e ainda a possibilidade de fazerem reféns. Se alguém à nossa porta não admite a nossa existência sem dúvida a segurança é a nossa prioridade. Gaza é governada pelo Hamas desde 2005 e tem recebido milhões de ajuda internacional para a sua reabilitação e o que fez ! Construiu centenas de Kms de túneis com esse dinheiro além do enviado para fins terroristas pelo Irão e Catar para o seu braço armado. A paz estava a dar passos, mas infelizmente o fanatismo religioso sobrepos-se.
Só trouxe destruição.
Recuem 3ooo Anos e tudo está esclarecido !