Kenneth Allen
Desde o final de Outubro que a vila de Omagh está a ouvir um misterioso zumbido à noite — que está a alimentar várias conspirações.
Sabe aquela sensação quando um som irritante passa perto do seu ouvido? Agora imagine ouvir esse barulho constantemente, durante semanas, em toda a sua cidade — é assim a vida para os habitantes de Omagh, na Irlanda do Norte.
Desde o final de Outubro que esta vila no condado de Tyrone têm enfrentado um misterioso e persistente zumbido à noite, causando um grande desconforto na população e problemas no sono. A fonte do ruído, frequentemente acompanhada por uma vibração, tem sido difícil de localizar e continua a ser um mistério.
O vereador da Aliança, Stephen Donnelly, que está em contacto com o Conselho Distrital de Fermanagh e Omagh, relatou que o conselho está ativamente a procurar equipamentos especializados e especialistas externos para identificar a fonte.
“Fui abordado por um número de pessoas em diferentes partes da cidade, o que demonstra que é um problema transversal a toda a geografia da própria cidade. Está é uma grande questão em termos de qualidade de vida das pessoas, parece ser algo que acontece consistentemente à noite e, portanto, mantém as pessoas acordadas”, explica Donnelly ao The Irish Times.
O caso de Omagh não é único. Nas últimas cinco décadas, o fenómeno do “zumbido” já foi relatado no Reino Unido, na América do Norte e na Austrália. Há uma série de teorias sobre a origem destes ruídos, incluindo máquinas agrícolas ou industriais, enquanto alguns subscrevem a teorias da conspiração.
A situação na vila fez manchetes internacionais. “Quando comecei a abordar este assunto, considerei-o apenas como mais uma questão local que preocupava as pessoas da cidade, mas sempre que algo como isto pode estar envolto em mistério e intriga, as pessoas podem ler muito sobre isso, incluindo alguns dos aspectos mais sobrenaturais, histórias tolas”, afirma ele.
Desde aliens a discos voadores, há conspirações para todos os gostos. “Já ouvi muitas coisas ridículas, mas continuo a dizer às pessoas, na minha experiência, é mais provável que estas coisas tenham uma explicação bastante aborrecida”, remata.
